Notícias Viva Mais
Comportamento PUBLICADO EM 02/02/2016Terapias para parar de fumar tem efeito limitado
Adesivos e pastilhas de nicotina fazem pouca diferença
O tabagismo continua a ser a principal causa de doença e de morte evitável em todo o mundo – 480 mil pessoas morrem anualmente por conta do consumo do cigarro. De acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), quase 17% de todos os adultos acima de 18 anos, ou cerca de 40 milhões de pessoas, eram fumantes de cigarros em 2014. Em 2015, esse número abaixou um pouco, porém, ainda continua alto.
Para ajudar as pessoas a pararem de fumar a longo prazo, adesivos de nicotina – vareniclina (medicamento usado no tratamento para parar de fumar) e combinação de terapia de reposição de nicotina, além de uma nicotina pastilhas (C-NRT), são comumente usados. Porém, de acordo com uma pesquisa publicada no jornal JAMA, esses produtos fazem pouca diferença no esforço para parar de fumar.
Timothy B. Baker, PhD, da Universidade de Wisconsin Escola de Medicina e Saúde Pública, em Madison, e colegas analisaram a eficácia dessas terapias para ver se elas realmente valem a pena. Os investigadores distribuíram aleatoriamente mais de mil participantes em três grupos de cessação do tabagismo por 12 semanas: 241 pessoas usaram apenas adesivos de nicotina; 424 usaram a vareniclina; e 421 usaram a C-NRT. Os tratamentos não diferiram significativamente em cada ponto. A taxa de abstinência foi de 23% com o adesivo de nicotina, 24% com vareniclina e 27% com C-NRT. Nos estágios iniciais, a vareniclina e C-NRT levaram a menos sintomas de abstinência e ânsia, e aqueles que utilizam C-NRT relataram maior abstinência. No entanto, as taxas de abstinência a longo prazo eram mais altas.
Os autores concluem:
“Para o nosso conhecimento, este estudo aberto é o primeiro a contrastar diretamente vareniclina e C-NRT, tanto uns com os outros e com o adesivo de nicotina. Os resultados não mostraram diferenças significativas entre estas três farmacoterapias”.