Notícias Viva Mais

Outubro Rosa PUBLICADO EM 05/10/2018

Outubro Rosa: Câncer de mama é o que mais leva brasileiras à morte

Diagnosticado e tratado precocemente, chances de cura chegam a 95%

Participação da médica Gabriela Arruda, especialista em mastologia

Outubro Rosa: Câncer de mama é o que mais leva brasileiras à morte

Câncer é o nome dado a um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento celular desordenado e pela capacidade de invadir outros órgãos. Os tumores são formados a partir desta multiplicação celular sem controle e serão chamados de câncer de mama quando ocorre nas mamas ou axilas. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o tumor maligno mais comum em mulheres e o que mais leva brasileiras à morte. Porém, quando diagnosticado e tratado precocemente, as chances de cura chegam a 95% e, por isso, a importância da rotina de prevenção.

O sinal mais frequente do câncer de mama é a presença de nódulo não doloroso e endurecido no seio. Outros achados, porém, devem ser considerados, como deformidade e abaulamentos nas mamas, a retração da pele ou do mamilo, gânglios axilares aumentados, vermelhidão, edema, dor e a presença de líquido vermelho ou transparente nestes mamilos. O diagnóstico é feito através de uma biópsia, que é a retirada de um fragmento da lesão suspeita. Essa biópsia pode ser auxiliada tanto pela mamografia quanto pelo ultrassom ou a ressonância das mamas.

Para a prevenção, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda mamografia anual a partir dos 40 anos de idade. Porém, mulheres que são consideradas de alto risco, a exemplo daquelas que possuem casos de câncer de mama e ovário em parentes de primeiro grau (pai, irmã, irmão e filhos), deverão iniciar o rastreamento um pouco mais cedo, conforme a orientação do mastologista.

Saiba mais:
Tratamentos de quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia podem afetar a fertilidade da mulher?
A reconstrução mamária pode ser realizada logo após a mastectomia?

Além disso, o autoexame mensal das mamas é muito importante. Ele não substitui a ida ao mastologista, nem tampouco um exame de imagem para o rastreamento, mas permite um maior conhecimento corporal e um retorno precoce ao mastologista, em caso de dúvidas. Através da mamografia procura-se lesões não-palpáveis e, portanto, que não são identificadas necessariamente no exame físico. Já a consulta com o mastologista, é essencial para a identificação dos fatores de risco, sinais e sintomas sugestivos da doença. O exame físico realizado pelo mastologista vai ter uma sensibilidade e uma especificidade maior para o diagnóstico.

É importante ressaltar, que as maiores chances de cura no tratamento do câncer de mama estão associadas ao diagnóstico precoce, quanto menor o tamanho do tumor menos agressivo será o tratamento, com maiores chances de cura, podendo alcançar até 95%. A médica Dra. Gabriela Arruda, especialista em mastologia, afirma que “atualmente, mais de 30% dos tumores são descobertos em estágios avançados, o que diminui as chances da paciente na luta contra a doença. Vale ressaltar que o tumor leva, em média, 10 anos para alcançar o primeiro centímetro, porém, a cada 6 meses ele dobra de tamanho posteriormente, se tornando um tumor cada vez maior”.

Apesar de não existir uma fórmula mágica contra o câncer, existem caminhos para prevení-lo. Alimentação saudável e atividade física regular podem reduzir em até 28% o risco de câncer de mama. A Dra. Gabriela Arruda ainda acrescenta que “combater o sobrepeso, o abuso de bebidas alcóolicas e eliminar o tabagismo da sociedade é fundamental. Essas dicas são importantes no combate ao câncer de maneira geral e, no caso do câncer de mama, em específico, das nossas sobreviventes do câncer de mama na redução das taxas de recidiva da doença. Então, as pacientes que têm diagnóstico e que têm hábitos saudáveis, têm uma taxa de recidiva menor. Sim, os hábitos de vida são importantes no combate ao câncer também!”.

Compartilhe essa notícia: