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Coloproctologia PUBLICADO EM 18/08/2016Hemorroida: vergonha e medo podem agravar a doença
Diagnóstico tardio pode piorar a doença e levar a uma intervenção cirúrgica
Participação da médica especialista em coloproctologia e colonoscopia, Elaine Almeida
Ao contrário do que muita gente imagina, hemorroidas são estruturas naturais do organismo humano, são vasos sanguíneos localizados na parte final do intestino. Quando esses vasos dilatam é que surge a doença hemorroidária, que é bastante comum, mas constrangedora para a maioria dos seus portadores. Diversos fatores podem ocasionar a dilatação excessiva das hemorroidas, como dificuldades para evacuar, hábitos alimentares equivocados, esforço físico excessivo ou gravidez. Porém, tem cura e, se diagnosticada precocemente, o paciente pode se livrar do problema sem intervenção cirúrgica.
O diagnóstico é clínico e não existe uma rotina para a investigação da doença hemorroidária. Em geral, os pacientes procuram o médico quando têm sintomas. A doença hemorroidária, no estágio inicial, pode ser tratada clinicamente, com pomadas e mudança alimentar. De acordo com a médica especialista em coloproctologia e colonoscopia, Elaine Almeida, “a hemorroida que está um pouco mais avançada ou a que persiste após tratamento clínico, pode ser tratada no ambulatório com a ligadura elástica, um procedimento indolor e, normalmente, feito no consultório médico. Nos casos mais avançados, o tratamento é cirúrgico”.
A importância principal do diagnóstico precoce da doença hemorroidária é evitar a cirurgia. Porque uma cirurgia no ânus – um local contaminado por onde passam as fezes diariamente – é bastante incômoda. Então, quanto mais cedo se iniciar o tratamento, maiores as chances de se evitar a cirurgia. O ideal é tratar logo e evitar um procedimento cirúrgico numa região tão delicada como o ânus. Porém, o preconceito existe e deve ser evitado. Doutora Elaine, ainda acrescenta que “tanto a mulher quanto o homem se constrangem e retardam a busca por ajuda. Muitas pessoas chegam no consultório dizendo que já marcaram três vezes a consulta e não tiveram coragem de vir”.