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Comportamento PUBLICADO EM 25/01/2016

Estresse: suas implicações surpreendentes para a saúde

Muitas pessoas já experimentaram estresse em algum momento da vida

Estresse: suas implicações surpreendentes para a saúde

O Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH) define o estresse como a “resposta do cérebro a qualquer demanda”. Em outras palavras, é como o cérebro reage a certas situações ou eventos. A maioria das pessoas já experimentou uma situação de estresse em algum momento da vida. Na verdade, cerca de 75% das pessoas já relataram ter níveis moderados a altos de estresse ao longo do mês. É de conhecimento geral que o estresse pode causar problemas de sono, dor de cabeça e aumentar o risco de depressão. Mas, neste artigo, será abordada algumas das formas mais surpreendentes em que o estresse pode prejudicar a saúde.

As implicações de saúde surpreendentes de estresse
“O estresse está associado com praticamente todas as principais doenças”, disse Stevan Hobfoll, PhD e membro da Associação Americana de Psicologia (APA). “O estresse é raramente a causa da doença, mas interage com nossa genética e o estado de nossos corpos de maneiras que aceleram a doença”.

Algumas das implicações mais conhecidas de estresse, que muitas pessoas já podem ter experimentado, incluem insônia, dor de cabeça, ansiedade e depressão. Mas cada vez mais, os pesquisadores estão descobrindo maneiras em que o estresse pode prejudicar a saúde.

Saúde do coração
De acordo com a American Heart Association (AHA), o estresse pode influenciar comportamentos que têm implicações negativas para a saúde do coração. Em um estudo, pesquisadores descobriram que trabalhar longas horas está associado ao uso de álcool após o expediente: “o uso de álcool alivia o stress que é causado por pressão e condições de trabalho”. Alguns podem fumar em resposta ao estresse, enquanto outros descontam na comida, que pode levar à obesidade. 

Todos estes são fatores que podem contribuir para a má saúde do coração, elevando a pressão arterial e causando danos às paredes das artérias.

O estresse também tem sido associada a um risco aumentado de ataque cardíaco. Em 2012, um estudo publicado na The Lancet descobriu que o estresse no trabalho pode aumentar o risco de ataque cardíaco em 23%. E em fevereiro do ano passado, pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, revelaram que períodos de raiva ou ansiedade intensa pode aumentar o risco de ataque cardíaco em mais de nove vezes.

Diabetes
O estresse também tem sido associado ao aumento do risco de diabetes. Em janeiro do ano passado, um estudo publicado no JAMA Psychiatry concluiu que mulheres com sintomas de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) – uma condição provocada por eventos muito aflitivos – eram mais propensas a desenvolver a doença do que aqueles sem TEPT.

Períodos de estresse aumentam a produção do hormônio cortisol, que pode aumentar a quantidade de glicose no sangue – uma possível explicação para isso tem sido associada a um maior risco de diabetes.

Doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer afeta mais de 5 milhões de pessoas nos EUA e é a sexta maior causa de morte no país. Embora as causas exatas da doença não sejam claras, estudos anteriores sugeriram que o estresse pode contribuir para o seu desenvolvimento.

Em março de 2013, pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, encontraram altos níveis de hormônios do estresse no cérebro de camundongos, que foram associados com maiores quantidades de placas de beta-amilóide – proteínas que se acredita desempenhar um papel na doença de Alzheimer. Outro estudo publicado em 2010 por pesquisadores finlandeses descobriu que as mulheres que tiveram pressão arterial elevada ou níveis mais altos de cortisol – ambos relacionados ao estresse – tiveram três vezes mais chances de desenvolver a doença de Alzheimer, em comparação com os doentes que não têm esses sintomas.

Fertilidade
Aproximadamente 1 em cada 8 casais nos EUA têm problemas para engravidar ou sustentar uma gravidez. Cada vez mais o estresse tem sido considerado um fator contribuinte.

Em maio de 2014, um estudo publicado na revista Fertility and Sterility relatou que estresse em homens pode levar à redução da qualidade do esperma e do sêmen, o que pode afetar negativamente a fertilidade. Teresa Janevic, PhD, professor assistente da Universidade Rutgers School of Public Health em Piscataway, NJ, disse que “o estresse tem sido identificado como tendo uma influência sobre a saúde. Nossa pesquisa sugere que a saúde reprodutiva dos homens também pode ser afetada por seu ambiente social”.

E as mulheres podem não estar livre dos efeitos do estresse na fertilidade. Em 2014, um estudo conduzido por pesquisadores da Ohio State University revelou que as mulheres com níveis elevados de uma enzima relacionada ao estresse em sua saliva – alfa-amilase – tinham 29% menos chances de engravidar do que as mulheres com baixos níveis desta enzima. 

Como você pode se proteger contra problemas de saúde induzidos pelo estresse?
Naturalmente, a melhor maneira de reduzir o risco de implicações para a saúde relacionado ao estresse é combatendo-o. A fim de fazer isso, você primeiro precisa reconhecer os sintomas de estresse. Embora estes variem em cada indivíduo, eles geralmente incluem dificuldade em dormir, fadiga, comer demais ou não comer e sentimentos de depressão, raiva ou irritabilidade. Fumar ou beber para tentar controlar o estresse e uso de drogas.

Uma das melhores maneiras de lidar com o estresse é buscar apoio de outras pessoas, seja amigos, família ou organizações religiosas. Se um indivíduo sente que eles são incapazes de lidar com o estresse, estão tendo pensamentos suicidas ou tenha se envolvido com drogas ou álcool para tentar controlar esse estresse, é recomendado procurar ajuda de um profissional de saúde mental qualificado.

O exercício também pode ser uma ajuda eficaz para o estresse. A atividade física aumenta a produção de neurotransmissores no cérebro, chamados de endorfinas. O exercício também tem sido associado com sintomas reduzidos de depressão, bem como uma melhoria da qualidade do sono.

Algumas outras maneiras para ajudar a lidar com o estresse:
– Pensamentos positivos: transformar pensamentos negativos em positivos. Em vez de dizer “Eu não posso fazer isso”, diga “Eu vou fazer o melhor que posso.” Pensamentos negativos aumentam os níveis de estresse;
– Parada emergencial de estresse: se você começar a se sentir estressado, conte até dez antes de falar, respire profundamente ou faça uma caminhada;
– Encontre prazer: se envolver em atividades que você gosta é uma ótima maneira para afastar o estresse. Encontre um hobby, assista a um filme ou faça uma refeição com amigos;
– Relaxamento diário: envolva-se em algumas técnicas de relaxamento. Meditação, ioga e tai chi têm tido bons resultados para reduzir os níveis de estresse.

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