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Ortopedia e Traumatologia PUBLICADO EM 16/01/2020

Escoliose: como identificar e tratar

Condição afeta de 2% a 3% da população em geral

Participação do especialista em cirurgia de coluna, Dr. Carlos Henrique

Escoliose: como identificar e tratar

Muitas pessoas guardam nas suas memórias de infância uma típica exortação materna: “olha a postura, meu filho”. Porém, para parte dessas crianças, alinhar os ombros, os quadris e se manter ereto era uma tarefa impossível. A esse problema se dá o nome de escoliose.

A condição afeta de 2% a 3% da população em geral, e é mais prevalente entre as meninas, que ainda têm 8 vezes mais chances de a curvatura progredir, especialmente na adolescência. A situação poderá ser tão grave que a indicação cirúrgica será a única solução. Os dados são da Fundação Nacional para a Escoliose, dos Estados Unidos.

Entre os médicos, o maior desafio dessa enfermidade é que, na maioria das vezes, não se conhece a causa de seu aparecimento. “Existem casos em que ao nascimento já é possível identificar a escoliose provocada normalmente por uma má formação das vértebras. No entanto, na grande maioria dos pacientes a escoliose se forma durante o crescimento. Quanto aos fatores causadores, em 70 a 80% das escolioses não é possível identificar a causa, chamada de escoliose idiopática”, explicou o ortopedista especialista em cirurgia de coluna, Dr. Carlos Henrique Araújo Silva.

A coluna foi projetada para estar alinhada ao seu próprio eixo. Quando ocorre uma rotação ou o desvio desse ponto, observa-se uma curvatura, ou seja, a coluna pende para um lado, de forma que, quando a pessoa é observada de costas, há um desnivelamento dos ombros. A depender da extensão desse desnível ou a origem do problema, a escoliose será considerada patológica ou não.

A escoliose não tem como causa carregar mochilas escolares ou objetos pesados apenas de um dos lados do corpo, ou mesmo práticas esportivas, postura incorreta ao dormir, e até ficar muito tempo em pé ou sentado. Contudo, isso não significa que não é preciso ter cuidado com a postura e o excesso de peso.

Segundo o Dr. Carlos Henrique, “o ideal é que o peso da mochila não ultrapasse 10% do peso da pessoa e sempre devem ser vestida as duas alças, distribuindo o peso da mochila nos dois ombros. O excesso de peso na mochila pode piorar a escoliose por provocar dor em diversos problemas na coluna, como alterações musculares e nos discos intervertebrais”. Caso o tratamento não seja realizado ou ele ocorra de forma inadequada, a consequência é a progressão da curva da coluna.

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