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Radiologia PUBLICADO EM 20/07/2017

Câncer pode ser tratado com radiologia intervencionista

Técnica pode ser uma alternativa efetiva à cirurgia tradicional

Participação do Dr. André Goyanna, médico especialista em radiologia intervencionista

Câncer pode ser tratado com radiologia intervencionista

Você sabe o que é a radiologia intervencionista? Apesar de ser uma técnica pouco conhecida, ela tem sido muito utilizada no tratamento de alguns tipos de cânceres, principalmente o de fígado. Profissionais com essa especialização utilizam equipamentos de imagem para guiar pequenos tubos, chamados de catéter, e pequenas partículas, que vão atuar diretamente no local do tumor. O procedimento inclui novos tratamentos que aliviam a dor e diagnosticam tumores, algumas vezes, sem a necessidade de biópsia cirúrgica. 

A radiologia intervencionista é o ramo da medicina em que os médicos são treinados para realizar tratamentos minimamente invasivos, geralmente através de pequenos cortes ou apenas de punções com agulhas guiadas por aparelhos de raios-X, ultrassom ou de tomografia computadorizada. Nas últimas décadas, o avanço da tecnologia permitiu o aprimoramento de materiais utilizados para o tratamento de diversas doenças, dentre elas o câncer. “Já existem materiais que podem levar a medicação quimioterápica diretamente à região do nódulo no fígado com concentração 40 vezes maior do que se fosse aplicada numa veia periférica e com menores índices de reações colaterais. Já existem, inclusive, pequenas esferas radioativas que podem ser injetadas na circulação do tumor e assim promover a sua regressão e controle do crescimento”, explica o médico André Goyanna, especialista em radiologia intervencionista.

Hoje em dia a radiologia intervencionista pode ser aplicada no tratamento de determinados tumores primários, ou seja, aqueles que se originam diretamente do fígado e até em tumores secundários, as chamadas metástases. É importante lembrar que o tratamento cirúrgico, ou através das medicações quimioterápicas, é sempre a primeira opção para a maioria dos pacientes, sendo reservada a alternativa por radiologia intervencionista quando existe falha ou risco elevado, por impossibilidade de tratar por algum dos métodos tradicionais.

“A embolização é um procedimento pouquissimamente invasivo, sem cortes e que pode ajudar muitos pacientes que não podem ser submetidos ao tratamento cirúrgico, sobretudo devido ao risco. Por exemplo, pacientes que possuem nódulos tumorais únicos e até mesmo pequenos, mas que já sofrem de cirrose avançada no fígado, ainda assim, o tratamento cirúrgico pode ser muito arriscado e esses podem se beneficiar do tratamento como a quimioembolização (obstrução da circulação de um ou mais tumores do fígado).” (Dr. André Goyanna).

Além do fígado, diversos procedimentos podem ser realizados pela técnica  de embolização, tais como: tratar aneurismas cerebrais, sangramentos internos, estreitamento de artérias ou veias, miomas uterinos, varicoceles, tumores malignos, tumores benignos, dentre diversas outras doenças. Mas, em geral, a maioria das aplicações em tumores malignos, por embolização, são realizadas ainda no fígado.

 

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