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Cirurgia PUBLICADO EM 21/12/2015

Bons resultados no tratamento da apendicite com antibióticos

Pacientes muitas vezes preferem a cirurgia como opção de tratamento

 

Bons resultados no tratamento da apendicite com antibióticos

A apendicite aguda é a responsável por aproximadamente 11% das internações pediátricas: mais de 700 mil crianças são hospitalizadas por ano. Um relatório da Jama Surgery informa que gerenciar a apendicite em crianças com antibiótico, ao invés de uma operação, é uma estratégia eficaz, porém, tem que ser escolhida pelos pais. Embora a apendicectomia – intervenção cirúrgica destinada a proceder à remoção do apêndice vermicular – cure a apendicite, é um procedimento invasivo que requer anestesia geral, com riscos associados, assim como a dor pós-operatória e deficiência.

Opiniões dos pacientes e das famílias podem afetar os resultados
Os pacientes muitas vezes têm fortes preferências em relação a cirurgia como uma opção de tratamento, baseado nos riscos e os resultados que são mais importantes para eles, tais como dor, qualidade de vida, deficiência e o desejo de evitar a anestesia geral. A evidência atual sugere que tratamento não-cirúrgico de apendicite não complicada é segura; mas a eficácia global depende da combinação de resultados médicos com perspectiva, objetivos e expectativas do paciente e família.

Dr. Peter C. Minneci, do Instituto de Pesquisa do Hospital Nacional Infantil em Columbus, OH, e seus colegas estudaram a eficácia global do tratamento não-cirúrgico de apendicite aguda não complicada pediátrica, no contexto de se engajar a família na decisão do tratamento.

O estudo incluiu 102 pacientes com idade entre 7-17 anos que frequentavam um único hospital pediátrico de cuidados agudos. Dos participantes do estudo, 65 escolheram a apendicectomia, e 37 o tratamento não-cirúrgico. A taxa de sucesso do tratamento não-cirúrgico foi de 89% em 30 dias e 76% após um ano. Não houve diferença na saúde relacionados com qualidade de vida depois de um ano.

Pacientes e famílias participantes deram consentimento informando se escolhiam entre apendicectomia de urgência ou tratamento não-cirúrgico. O tratamento não cirúrgico envolveu pelo menos 24 horas de observação no hospital ao receber antibióticos intravenosos; se os sintomas melhoraram, os pacientes, em seguida, completaram 10 dias de tratamento com orais.

Os autores observam que outros estudos têm mostrado que, envolver as famílias no processo de tomada de decisão compartilhada na clínica pediátrica, tem melhorado os resultados médicos. Eles também exigem um estudo mais aprofundado “antes de abdicar completamente a responsabilidade de guiar a tomada de decisão do nosso paciente”.

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