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Radiologia PUBLICADO EM 03/11/2016A importância da ressonância magnética no diagnóstico das dores de coluna
É possível obter imagens mais precisas, nos melhores planos, com maior definição
Participação do médico José Luiz Nunes Ferreira, especialista em radiologia
A dor nas costas é uma das queixas mais comuns no dia a dia da população, até 80% das pessoas já tiveram ou terão dores nas costas em alguma fase da vida. Ela pode ser leve ou intensa, passageira ou constante. Essa dor pode estar localizada na coluna vertebral, músculos, nervos ou se originar em outras estruturas da região. Na maioria das vezes uma anamnese detalhada e um bom exame físico são suficientes para se estabelecer a conduta. Porém, em alguns casos, é necessária a realização de exames, como a ressonância magnética, que apresenta alta acurácia para o diagnóstico de patologias da coluna.
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A avaliação inicial pode ser feita por um médico clínico, ortopedistas gerais, médicos do trabalho ou reumatologistas. Os casos mais severos, com sintomas neurológicos ou refratários ao tratamento, devem ser encaminhados para um especialista de coluna, geralmente um ortopedista ou neurocirurgião, e um especialista em dor. O médico José Luiz Nunes Ferreira, especialista em radiologia, revela que “exames de imagem podem ser utilizados na investigação da causa, mas os achados dos exames devem ser correlacionados pelo médico solicitante com os sintomas do paciente e os achados do exame físico”.
Para o correto diagnóstico, a ressonância magnética tem algumas vantagens em relação a outros exames de imagem, pois:
– É possível obter imagens mais precisas, nos melhores planos, com maior definição;
– Não utiliza radiação ionizante, que deve ser evitada na medida do possível;
– Em poucas imagens sagitais pode-se observar detalhes de um longo segmento da coluna, por exemplo, com varias vértebras e seus respectivos discos e a relação com a medula espinhal e raízes nervosas;
– O contraste natural entre os tecidos e a sensibilidade para o líquido/edema são maiores na ressonância, o que possibilita obtenção de imagens com alta definição das partes moles, separando disco intervertebral, líquor, medula espinhal, raízes nervosas. É possível evidenciar se existe edema ou sofrimento da medula, o que altera o tratamento e prognóstico do paciente.