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Ortopedia e Traumatologia PUBLICADO EM 13/01/2017

Você sabe o que é estenose lombar?

Patologia é causada pelo envelhecimento natural da coluna lombar

Participação do médico, Tiago Argolo, especialista em coluna

Você sabe o que é estenose lombar?

A coluna vertebral tem algumas funções, como a sustentação do corpo na posição ereta, equilíbrio para andar e proteção da medula espinhal e dos nervos que passam dentro dela. Ela também é responsável por receber e distribuir as cargas compressivas, evitando que o indivíduo sofra alguma lesão quando for pegar um peso ou quando for realizar uma atividade física, por exemplo. Por isso tanta pressão passa por ela. Mas, você já ouviu falar em estenose lombar? Essa patologia é causada pelo processo de envelhecimento natural da coluna vertebral, podendo ser congênita ou adquirida. É o estreitamento do canal vertebral na região lombar, que pode comprimir a medula e as raízes nervosas contidas no interior da coluna vertebral. Esse estiramento pode provocar sintomas como dor irradiada para as pernas, alteração da sensibilidade e força muscular. 

O ser humano passa por um processo de degeneração da coluna vertebral que se inicia bem cedo, entre os 20 e 30 anos de idade. Algumas pessoas passam por este processo um pouco mais intenso do que as outras. A estenose lombar ocorre em até 6 de cada 100 indivíduos adultos. Ela é mais comum em mulheres e em pessoas de pele negra e é mais comum em pacientes com mais de 50 anos de idade, ou seja, é uma patologia da terceira idade. Existem alguns fatores que predispõe o seu aparecimento como o tabagismo, atividades intensas que envolvam vibração ou rotação do tronco, mas os estudos mostram que o principal fator mesmo é genético.

O paciente com estenose lombar vai apresentar normalmente uma história arrastada de dor na região lombar que irradia para as pernas. Pode estar associada à dormência ou formigamento e piora com o passar dos anos. Essa dor piora quando a pessoa fica muito tempo em pé ou anda por alguns minutos. Nessas situações, ocorre uma claudicação neurogênica, quando o espaço para os nervos diminui ainda mais. Para aliviar os sintomas, o paciente procura se sentar antes de retomar a caminhada, ou então anda com o tronco inclinado para a frente, pois, assim, o espaço para os nervos aumenta.

A estenose lombar não tem cura, mas tem tratamento. De acordo com o médico, Tiago Argolo, especialista em coluna, “primeiramente, o paciente deve evitar realizar atividades que piorem a dor, como, por exemplo, caminhadas longas ou exercícios em que tenha que inclinar o tronco para trás, pois pioram a compressão dos nervos. Quando o paciente não apresenta melhora com o tratamento conservador, vai ser indicado o tratamento cirúrgico com o objetivo de descomprimir os nervos que estão apertados”.

O principal fator de risco da estenose lombar é genético e isso não tem como mudar. Porém, alguns fatores de risco são possíveis modificar, sim, como: parar de fumar, evitar atividades físicas com muita rotação do tronco ou vibração e com alto grau de intensidade. Vale lembrar também que o paciente que realiza atividade física, leve ou moderada, sem impacto e de forma regular, vai ter um fortalecimento da musculatura, um controle melhor do tronco e, assim, prevenir a degeneração da coluna, que é o ponto inicial para desencadear a estenose.

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