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Ortopedia e Traumatologia PUBLICADO EM 05/09/2020Uso excessivo de álcool pode causar necrose da cabeça femural
Com participação do ortopedista Lauro Magalhães, especialista em Cirurgia do Quadril
A necrose da cabeça femural, é decorrente da interrupção do sangue para o osso, acarretando alterações na movimentação do quadril do indivíduo. A evolução da patologia pode ocorrer desde uma limitação no movimento do indivíduo até a perda da funcionalidade do quadril. Quanto mais cedo o paciente for diagnosticado, melhor será o resultado do tratamento.
As principais causas são:
- Uso excessivo de álcool
- Uso de corticoides
- Sequela de traumas
- Anemia falciforme
- Lúpus
- HIV positivo
De acordo com o especialista Dr. Lauro Magalhães, “ para diagnosticar a osteonecrose da cabeça do fêmur, inicialmente com uma boa anamnese, exames físicos bem realizados, como exames de imagem, os mais comuns são a radiografia, porém em alguns casos principalmente os casos iniciais a radiografia, a gente não consegue diagnosticar, então na suspeita, a gente solicita uma ressonância magnética porque a gente consegue diagnosticar os casos mais iniciais e também em paciente mais susceptíveis ou com fatores de risco, a gente pode solicitar uma ressonância do quadril que não está acometido, porque muitas vezes ocorre em um quadril a dor, o sintoma, porem o outro lado já tem alguns sinais radiológicos que ainda não causaram dor, não causaram sintomas, então a gente pode diagnosticar esse quadril que ainda não está sintomático com a ressonância. Existem outros métodos de diagnóstico de imagem, mas são menos utilizados, então esses dois são os principais, a radiografia e a ressonância magnética.”
De acordo com o especialista Dr. Lauro Magalhães, “o tratamento depende muito do estágio que é diagnosticado, em estágio mais recente, mais precoce a gente lida com o tratamento inicialmente não cirúrgico com medicações analgésicas, fisioterapia, manter um fortalecimento, um alongamento dessa articulação, equilíbrio muscular, lembrando que esse tratamento não vai mudar a evolução da doença, esse tratamento vai diminuir a dor, então diminui dor e melhorar a pulsão, quando em estágio mais avançado ou que esse tratamento conservador não dê resultado, a gente parte para o tratamento cirúrgico, dentre os tratamentos cirúrgicos temos três principais, depende também do grau de evolução que essa doença esteja, que ela vai desde a descompressão que a gente perfura, para tirar a pressão da cabeça do fêmur, pode-se usar enxerto ósseo sintético, pode-se usar também células troncos que tem estudo nesse sentido de descompressão com colocação de células troncos, na tentativa do corpo produzir células ósseas novas. Além disso, tem osteotomia que você vai redirecionar essa cabeça do fêmur com carga para passar nesses locais que ainda não estejam necrosados, e nos estágios mais avançados que gera uma artrose com déficit funcional muito grande, dor que não melhore, com outro tipo de tratamento a gente pensa no tratamento cirúrgico de artroplastia que seria a colocação de uma prótese no quadril.”