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Cirurgia Oncológica PUBLICADO EM 06/02/2018Tratamento para câncer de fígado depende do estado do tumor
Participação do Dr. Alexandre Albuquerque, médico especialista em cirurgia oncológica
Receber o diagnóstico de um tumor malígno não é fácil para ninguém. No caso do câncer de fígado, um dos cânceres digestivos mais agressivos, fala-se de dois tipos diferentes: o tumor primário, que é o câncer que se origina das células do fígado, e o tumor metastático, que é o câncer que se originou em um outro órgão (intestino, estômago, esôfago, etc), migrando células tumorais para o fígado, causando a metástase.
Vale lembrar, que a situação do tumor vai definir o tipo de tratamento. “O estado de saúde geral do indivíduo também é muito importante, pois, a maioria destes pacientes já têm um agravamento da saúde, por exemplo, por cirrose hepática, e muitas vezes, a determinação do tratamento é individualizado, conforme o grau de função no fígado. Então, se o paciente tem uma reserva funcional do fígado boa, ele pode passar por tratamentos, às vezes, mais agressivos, mas que tenham mais chances de cura. Já quando ele tem uma reserva funcional do fígado muito pequena, as chances de tratamento do tumor se tornam bem menores”, explica o Dr. Alexandre Albuquerque, médico especialista em cirurgia oncológica.
Existe uma série de opções de tratamento para o câncer de fígado. A primeira delas, e a que tem maiores chances de cura, é a ressecção da parte do fígado que está comprometida pelo tumor. Além disso, há outras alternativas, como a quimioterapia, a radioablação (técnica em que se introduz uma agulha no fígado e que se faz uma terapia em que se coagula as células tumorais), e a embolização dos tumores do fígado (feita por cateterismo e que se injetam substâncias que promovem a trombose dos vasos que irrigam o tumor e, nesse tipo de tratamento, pode se injetar, próximo do tumor ou sobre o tumor, quimioterápicos).
“A cirurgia para o câncer de fígado é a retirada do tumor da parte do fígado que está comprometida. Em alguns casos selecionados, em que existem pequenos tumores, pode-se considerar também o transplante hepático”. (Dr. Alexandre Albuquerque)
É importante ressaltar, que a cirurgia para tratamento do câncer de fígado tem que ser muito bem dimensionada, pois, como geralmente o fígado já tem uma doença de base, não é possível fazer grandes retiradas de parte do fígado. Se for feita de maneira adequada, o paciente não terá efeitos colaterais relacionados à cirurgia. Em casos de grandes retiradas, em um paciente que tem o fígado muito comprometido, é possível que ele desenvolva algum grau de insuficiência hepática, que é o mau funcionamento do fígado, e isso pode causar problemas mais graves no pós-operatório.