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Cirurgia PUBLICADO EM 11/12/2018

Tireoide possui papel importante no controle do metabolismo

Pesquisas revelam que aproximadamente 70% da população, entre 40 e 70 anos, vai apresentar algum distúrbio na glândula

Participação do Dr. Gabriel Carletto, médico especialista em cirurgia de cabeça e pescoço

Tireoide possui papel importante no controle do metabolismo

Pequena glândula situada abaixo do “pomo de Adão”, na região do pescoço, a tireoide possui um papel importante no controle do metabolismo dos órgãos do corpo humano. De acordo com dados americanos, a cada 100 mil pessoas, 20 mil possuem hiper ou hipotireoidismo. Aproximadamente 70% da população entre 40 e 70 anos apresentam ou vão apresentar algum distúrbio na tireoide, podendo até a levar à cirurgia de retirada total da glândula. 

As doenças que podem atingir a glândula tireoide podem ser ligadas a uma hiperfunção ou uma hipofunção, com o hipertireoidismo ou o hipotireoidismo, ou relacionado a nódulos, que normalmente podem ser neoplasias malignas ou benignas. Hoje em dia, o câncer é a principal indicação das tireoidectomias totais. A segunda indicação cirúrgica mais comum é ação suspeita de neoplasia, os nódulos suspeitos de serem cânceres, mas que não tem condição de afirmar se são ou não cânceres. E, depois, os bócios (aqueles pacientes com pescoços grandes), com nódulos aumentados que podem, no futuro, levar a uma neoplasia. 

A cirurgia da tireoide é feita sob anestesia geral. Existe, hoje, uma técnica minimamente invasiva, em que o médico localiza um nervo recorrente (o nervo da voz), procura preservar quatro glândulas pequeninas (os paratireoides, responsáveis pela produção e regulação do cálcio) e resseca essa glândula com a preservação tanto das glândulas paratireoides como do nervo recorrente. É uma cirurgia muito segura. Como qualquer procedimento, pode ter complicações, mas com altas taxas de cura sendo câncer ou sendo doenças benignas.

Por estar localizada na garganta, muitas pessoas têm dúvidas com relação à cirurgia da tireoide. O paciente pode ficar sem voz após o procedimento? O médico, Gabriel Carletto, especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, esclareceu sobre o assunto: “a disfonia, esta rouquidão do pós-operatório, é uma complicação que pode ocorrer em cerca de 2% dos pacientes. Devido a manipulação deste nervo recorrente, o nervo da voz, existe um edema no pós-operatório, reduzindo a função do nervo. Isso acontece, muitas vezes, quando o paciente tem tireoidite ou quando o nervo é muito fino, havendo muita movimentação no nervo. Um edema pós-operatório normal é esperado, e o paciente evolui com alguma rouquidão, mas normalmente melhora. Em 10 a 15 dias este paciente já se sente melhor relacionado a voz e, em via de regra, ele recupera completamente a voz. Algumas vezes, é preciso sacrificar o nervo e aí acontece uma rouquidão de caráter definitivo, mas isso é uma exceção que acontece em pacientes com cânceres avançados, mas uma minoria tem essa complicação”.

 

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