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Fisioterapia PUBLICADO EM 16/10/2017

Saúde dos Pés: Você sabe o que é a Baropodometria?

Exame avalia o tipo de pisada de cada pessoa ao caminhar, correr ou trotar

Participação do fisioterapeuta, Thiago Santos.

Saúde dos Pés: Você sabe o que é a Baropodometria?

Você sabia que cada pessoa tem um tipo de pisada? Através da baropodometria já é possível fazer a medida da pressão plantar dos pés, a fim de descobrir qual tipo de calçado pode ajudar a corrigir problemas em várias partes do corpo. O exame é realizado, principalmente, por praticantes de corrida de rua, sejam eles amadores ou profissionais, que buscam o melhor tênis para praticar o esporte. 

Cada tipo de pisada apresenta uma característica. A depender de como as forças podem ser dissipadas, algumas musculaturas podem trabalhar mais ou menos, provocando, assim, dores e alterações biomecânicas, que podem interferir na mecânica adequada do joelho, do quadril e da coluna e provocar dores nessas pessoas que têm excesso de alterações podais. (Thiago Santos, Fisioterapeuta)

Baro, significa pressão, podo, pés, e metria, medida, então, a baropodometria é um exame computadorizado que faz uma medida das pressões plantares dos pés, a fim de avaliar como está a distribuição desta carga, o peso corporal das pessoas em cada perna e, também, observar como está a distribuição da parte de trás do pé, do calcanhar (retropé), ou a parte da frente do pé (antepé). “A depender de como esteja essa distribuição, é feita uma avaliação da questão postural do paciente. Pessoas que têm um aumento de pressão na parte da frente do pé, tem um acionamento do mecanismo extensor do corpo e isso pode provocar algumas lesões. Já pessoas que têm um aumento de pressão na parte de trás do pé (calcanhar) têm o acionamento do mecanismo flexor do corpo”. acrescenta Thiago Santos

Também na baropodometria, consegue-se avaliar o índice de oscilação corporal e instabilidade postural desse paciente. Então, quando o paciente sobe no equipamento, avalia-se quanto ele oscila de frente para trás (anteroposteriormente) e de um lado para o outro (lateralmente). Com isso, consegue-se saber se ele tem déficit de musculatura do quadril, se tem déficit de musculatura do tornozelo, se tem os dois juntos e também fazer uma diferenciação de oscilações anormais por parte muscular ou por outras estruturas, como lesões no ouvido interno, tipo labirintite, ou lesões no sistema nervoso central.

Os pés são a estrutura do corpo que tem contato direto com o solo, portanto, qualquer alteração biomecânica no membro, vai levar a uma sobrecarga ascendente, que pode ocasionar lesões no joelho, no quadril ou na coluna. Conforme essa pessoa caminha ou corre, pode ter uma sobrecarga nessas estruturas, gerando uma patologia. É importante destacar, que o exame de baropodometria vai auxiliar, ao praticante de atividade física, a escolher o melhor tipo de tênis para a sua característica da pisada. 

Vale lembrar, que nenhum tênis vai corrigir os problemas biomecânicos e anatômicos do pé. O tênis é indicado para pessoas que têm pés mais rígidos, pessoas que têm pés mais maleáveis, mais flexíveis e, a partir daí, se faz a indicação do tênis. O que vai fazer a correção das alterações podais são as palmilhas, que são fabricadas de forma personalizada para cada tipo de alteração. As palmilhas fazem um somatório com o tênis, voltado a característica do pé dessa pessoa. (Thiago Santos)

Antes de realizar o exame, sempre é bom, primeiro, fazer uma consulta com o médico, porque dores nos pés podem ter várias causas. “Podem ser simplesmente de um machucado, de uma fascite plantar, que é uma inflamação na fáscia do pé, um esporão do calcâneo, um neuroma de Morton, que é como se fosse um ‘tumorzinho’ na região entre o segundo e o terceiro metatarso, uma metatarsalgia, que são dores nas regiões das cabeças metatarsianas, ou até fraturas. O ideal é que o paciente vá ao médico para fazer um diagnóstico diferencial e, após isso, possa ir a um fisioterapeuta para fazer a realização do exame de baropodometria. A partir do diagnóstico que foi feito, pode-se desenvolver uma palmilha ou ver se pessoa precisa fazer uma intervenção cirúrgica”, finaliza o fisioterapeuta Thiago Santos.

 

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