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Ortopedia e Traumatologia PUBLICADO EM 11/04/2017

Problema na Coluna: Escoliose afeta até 4% da população mundial

Se não tratada, doença pode ser incapacitante

Participação do Dr. Carlos Henrique, médico ortopedista e especialista em coluna

Problema na Coluna: Escoliose afeta até 4% da população mundial

Desvio anormal no eixo da coluna vertebral, que a deixa em forma de ‘S’, a escoliose possui origem desconhecida, mas considera-se que se dá devido a uma malformação nas cartilagens de crescimento das vértebras. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população terá alguma crise de dor nas costas, pelo menos, duas vezes na vida e um dos principais motivos é a escoliose, que afeta de 2% a 4% da população mundial. Por conta disso, geralmente, o diagnóstico é feito na adolescência, período de maior crescimento.

Existem casos em que, ao nascimento, já é possível identificar a escoliose, provocada, normalmente, por uma má formação das vértebras. No entanto, na grande maioria dos pacientes, a escoliose se forma durante o crescimento. Quanto aos fatores causadores, em 70 a 80% das escolioses não é possível identificar a causa, chamada de escoliose idiopática. “Acredita-se que a causa seja uma doença ou uma predisposição genética familiar, porém, ainda não foi possível comprovar esta teoria”, revela o Dr. Carlos Henrique, médico ortopedista e especialista em cirurgia de coluna.

Os principais sintomas da escoliose são os referidos pelos familiares, como má postura, assimetria dos ombros (um mais alto do que o outro), assimetria da cintura, assimetria das mamas e das escápulas. Em uma escoliose mais avançada, a presença da gibosidade (popularmente chamada de corcunda), começa a ficar mais evidente.

>> Confira outras dicas de saúde do Dr. Carlos Henrique

O exame físico bem realizado já é suficiente para dar o diagnóstico de escoliose. Na presença de qualquer sinal sugestivo da doença, um ortopedista especialista em coluna deve ser consultado. É possível suspeitar de uma escoliose na coluna quando a pessoa, posicionada com a postura ereta, apresenta um ombro mais alto que o outro, por exemplo. Exames secundários, como radiografias panorâmicas, são necessários para a confirmação e graduação da doença, a fim de planejar o tratamento.

“O tratamento da escoliose varia de acordo com a gravidade da doença. Pacientes que apresentam uma escoliose com uma curva mais suave, abaixo de 20°, são tratados apenas com observação e atividades de fortalecimento da musculatura, como o RPG, pilates e atividades físicas. Pacientes muito jovens que apresentam uma curva mais avançada, entre 20 e 40°, são candidatos a uso de coletes para correção da curva. Já curvas mais graves, normalmente acima de 45°, são candidatos ao tratamento cirúrgico. O planejamento do tratamento deve ser orientado pelo especialista, visto que há outros critérios que necessitam ser avaliados para um melhor tratamento da doença”, esclarece Dr. Carlos Henrique.

Atenção! Se não tratada, a escoliose pode ser incapacitante
Uma escoliose grave não tratada pode evoluir com progressão da curva e compressão de órgãos, como o coração e o pulmão, levando o paciente a uma insuficiência cardiopulmonar e debilidade na qualidade de vida.

“Infelizmente, os fatores que promovem a escoliose ou ainda são desconhecidos ou não podemos controlá-los. No entanto, quando diagnosticado precocemente, é possível um tratamento com excelentes resultados”, finaliza Dr. Carlos.

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