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Radiologia PUBLICADO EM 14/05/2019

Miomas uterinos atingem cerca de dois milhões de mulheres no Brasil

Existem diversas opções para o tratamento da doença

Participação do especialista em Radiologia Intervencionista, Dr. André Goyanna

Miomas uterinos atingem cerca de dois milhões de mulheres no Brasil

Os miomas uterinos são tumores benignos formados por uma camada de tecido que se desenvolve a partir de células da camada muscular do útero. Estima-se que 80% das mulheres em idade fértil apresentem miomas, de acordo com dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). A maioria não possui sintomas, porém, quando existem, podem englobar desde dor abdominal ou pélvica, infertilidade e aumento do fluxo menstrual, aumento do volume abdominal, e até sintomas de retenção urinária e constipação intestinal.

Para o médico especialista em Radiologia Intervencionista, Dr. André Goyanna, o fato de haver um grande componente genético no aparecimento dos miomas dificulta a prevenção do problema. Contudo, “existe uma relação entre a obesidade e o aparecimento de miomas. Então manter o peso ideal é altamente recomendável”, alertou. Os exames recomendados para o diagnóstico e detecção da presença de miomas uterinos são a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética da pelve.

Segundo o Ministério da Saúde, o problema atinge cerca de dois milhões de mulheres no Brasil e cerca de trezentas mil perdem o útero, por ano, em consequência da doença. O tratamento é individualizado e pode ser medicamentoso ou através de cirurgia. “Os miomas, em geral, só devem ser tratados se estiverem causando algum tipo de sintoma, ou seja, dor no pé da barriga, sangramentos fortes fora ou mesmo dentro do período menstrual, vontade de ir muito ao banheiro e abortamentos. Existem diversas opções para o tratamento dos miomas. Os mais comuns são por histeroscopia, cirurgia videolaparoscópica, cirurgia aberta tradicional ou embolização de miomas”, destacou Dr. André Goyanna.

A histerectomia (remoção de parte ou totalidade do útero) pode ser indicada para mulheres que têm mioma uterino. Essa medida é recomendada nos casos em que a paciente já tem a prole definida, naquelas sem desejo de engravidar e que apresentam sangramento uterino anormal de difícil controle clínico. Nas pacientes que desejam engravidar e têm miomas que causam infertilidade, pode ser realizada a miomectomia (retirada apenas dos miomas) na tentativa de preservar o útero e tornar possível a gravidez.

A embolização dos miomas, por sua vez, é um tratamento feito sem cortes, no qual o médico radiologista intervencionista faz a oclusão da passagem de sangue para o mioma através da injeção na corrente sanguínea de diversas pequenas bolinhas dentro da circulação do mioma. “O procedimento apresenta altos índices de sucesso clínico, não leva pontos, a recuperação é bastante rápida e possibilita preservar o útero e tratar diversos miomas ao mesmo tempo”, destacou o Dr. André Goyanna.

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