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Cirurgia de cabeça e pescoço PUBLICADO EM 30/07/2019

Infecção por HPV contribui para o aumento de casos de câncer de cabeça e pescoço

Diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura

Participação do cirurgião de cabeça e pescoço, Dr. Gabriel Carletto

Infecção por HPV contribui para o aumento de casos de câncer de cabeça e pescoço

Julho foi o mês de combate ao câncer de cabeça e pescoço, que atinge cerca de 41 mil novos casos anualmente, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). A infecção pelo papilomavírus (HPV) têm contribuído, nos últimos anos, para o aumento da incidência dessa doença. Pesquisas no Brasil demonstram que cerca de 7% da população pode ter infecção pelo HPV detectada na boca. O número parece pequeno, mas em um contexto de 200 milhões de pessoas, esse percentual representa cerca de 14 milhões de indivíduos em risco de desenvolver a doença no Brasil. O diagnóstico precoce e o rápido início do tratamento são fundamentais para a cura.

De acordo com levantamento do INCA, o câncer de boca e laringe é hoje o segundo mais frequente entre os homens, atrás somente do câncer de próstata. Nas mulheres, prepondera o câncer da tireoide, sendo o quinto mais comum entre elas. Outro alvo também atinge fumantes e pessoas que fazem uso frequente de bebidas alcoólicas. Porém, é cada vez mais frequente o diagnóstico da doença em indivíduos jovens (menores que 45 anos), sem a exposição a estes fatores, com tumores originados pelo HPV.

Uma das formas de contágio do câncer de faringe, por exemplo, é através da prática do sexo oral e em pessoas com múltiplos parceiros sexuais. “Entre os fatores de risco destacam-se também a exposição solar, que tem uma correlação muito grande com as lesões de pele; o tabagismo e o etilismo, que têm correlação direta com as neoplasias mais agressivas da língua, boca, laringe e faringe”, afirma o cirurgião de cabeça e pescoço Dr. Gabriel Carletto.

O médico explica que os tumores de cabeça e pescoço são uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe (onde é formada a voz), esôfago, tireoide e seios paranasais. “O tratamento é eminentemente cirúrgico. Sempre que possível, nós devemos ressecar a lesão e depois dessa ressecção fazer tratamentos adjuvantes como radioterapia e quimioterapia, mas a cirurgia, com certeza, é o principal tratamento da nossa especialidade”, frisa o Dr. Gabriel Carletto.

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