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Ortopedia e Traumatologia PUBLICADO EM 15/08/2017

Cuidado! Dor ao cruzar as pernas pode ser tendinite de quadril

Sintomas clínicos de dor e limitação acontecem à medida que passa o tempo e não há nenhum tratamento

Participação do Dr. Alexandre Meireles, médico ortopedista e especialista em quadril

Cuidado! Dor ao cruzar as pernas pode ser tendinite de quadril

Bastante comum em muitas profissões, principalmente naquelas que demandam esforço repetitivo, a tendinite nada mais é do que a inflamação do tendão. Ela se desenvolve através do excesso de uso, ou agudamente, em tendões saudáveis, ou progressivamente, em tendões degenerados. Porém, o que muitos não sabem, é que ela pode afetar a articulação do quadril, principalmente em atletas que praticam atividades físicas que envolvam o uso excessivo das pernas, como corrida, ciclismo ou futebol. 

O tendão, quando sobrecarregado numa forma aguda, devido a um excesso de esforço em atividades físicas, por exemplo, cria uma situação de inflamação. No caso da tendinite de quadril, causa dor na região da cintura, com irradiação para o membro inferior, e uma limitação progressiva da marcha, o paciente geralmente tem uma dificuldade em caminhar por conta de dor lateral na região da perna, que começa no quadril. “Um tendão degenerado, ou seja, que ao longo do tempo sofreu microtraumas e degenerou, desgastou, esta situação acontece progressivamente, com os sintomas clínicos de dor e limitação, acontecendo à medida que vai passando o tempo e não há nenhum tratamento”, acrescenta Dr. Alexandre Meireles, médico ortopedista e especialista em quadril.

Para tratar a tendinite de quadril, o primeiro passo é tirar o estresse, proteger a articulação de sobrecarga. A medida que chega numa fase aguda, tira-se os sintomas através de uma forma mais rápida, com medicações anti-inflamatórias e analgésicas. A partir daí, passa-se para a fisioterapia, a fim de reforçar e alongar a musculatura do quadril, para criar uma situação de uma estabilidade articular e a remissão dos sintomas e, progressivamente, restabelecer o paciente às suas atividades habituais. “O tratamento cirúrgico é um tratamento de exceção. Uma média de 1 a 2% dos pacientes, que não melhoram com o tratamento conservador, analgesia habitual e fisioterapia, se encaixam no ambiente cirúrgico, à medida que a qualidade de vida esteja realmente alterada por uma situação em que o tratamento não teve êxito”, explica Dr. Alexandre Meireles.

É importante ressaltar, que o não tratamento ou a não referência desse diagnóstico, leva ao paciente a, progressivamente, ter uma alteração de marcha, dor, dificuldade em mínimos esforços no quadril, como cruzar a perna, não conseguir dormir ou deitar de lado, devido à pressão em cima do quadril, criando situações de limitação e mudanças na qualidade de vida. Portanto, “nos sinais e sintomas sinalizados, tem que se procurar o atendimento médico do ortopedista especialista de quadril, para que ele possa fazer a avaliação clínica e o exame físico nesse paciente, além de solicitar a ressonância magnética e a radiografia simples do quadril e da bacia para definir um diagnóstico correto em relação à tendinite do quadril”, finaliza Dr. Alexandre Meireles.

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