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Oncologia Clínica PUBLICADO EM 22/11/2016

Câncer de ovário, inimigo silencioso

Tratamento inicial inadequado resulta em pior prognóstico, com redução importante na qualidade de vida e no tempo de sobrevida das pacientes

Participação do cirurgião oncológico, Fábio Neves

Câncer de ovário, inimigo silencioso

Com uma estimativa anual de mais de 6 mil novos casos no Brasil, o câncer de ovário é o 5º mais incidente na Região Centro-Oeste, 7º nas Regiões Sudeste, Sul e Nordeste e, na Região Norte, ocupa a 8ª posição, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Esse é o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o de menor chance de cura. Por isso, é importante ressaltar os fatores relacionados à redução de risco para o câncer de ovário, tais como, o uso de contraceptivos orais, gravidez, amamentação e a laqueadura ou ligadura tubária. Atividade física e uma dieta saudável também são de extrema importância.

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Como não existe um exame específico para rastrear ou diagnosticar o câncer de ovário, o que se recomenda é a visita regular ao ginecologista, com a realização de exame físico completo, coleta de material para o exame colpocitológico (também conhecido como Papanicolau ou preventivo ginecológico) e, o mais importante, a ultrassonografia transvaginal, o exame mais sensível para a detecção precoce e caracterização das massas ou tumores do ovário. Porém, após confirmado o diagnóstico, a taxa de sobrevida é melhor quando a paciente é tratada por um especialista, um cirurgião especializado no tratamento do câncer ginecológico. Além disso, quando o tratamento inicial das neoplasias de ovário se dá de forma inadequada, observa-se uma redução importante, tanto na qualidade de vida dessas pacientes, quanto no tempo de sobrevida.

O tratamento do câncer de ovário é multidisciplinar e tem como pilar principal a cirurgia, que deve ser executada por profissional treinado e qualificado para a realização de procedimentos oncológicos. De acordo com o cirurgião oncológico, Fábio Neves, “já está comprovado que o tratamento inicial inadequado resulta em pior prognóstico com redução importante na qualidade de vida e no tempo de sobrevida dessas pacientes”.

Realizado por laparoscopia ou cirurgia minimamente invasiva, o tratamento do câncer de ovário deve ser realizado por cirurgião com treinamento e experiência com as técnicas. Além disso, a histerectomia faz parte do tratamento. “Ela só não é indicada em pacientes jovens que desejam engravidar e que possuem uma doença em estágio inicial, uma doença confinada a um dos ovários e com fatores de bom prognóstico. Nesse tipo de paciente, pode-se indicar uma cirurgia com preservação de fertilidade e, consequentemente, preservar o útero”, finaliza doutor Fábio.

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