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Mastologia PUBLICADO EM 30/07/2019

Anvisa aprova novo tratamento para câncer de mama invasivo

T-DM1 apresentou menos efeitos colaterais do que quimioterapia

Participação do mastologista do Núcleo da Mama, Dr. Cesar Machado

Anvisa aprova novo tratamento para câncer de mama invasivo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo tratamento para pacientes com câncer de mama do tipo HER2-positivo em estágio inicial que apresentam doença residual invasiva, mesmo após a terapia medicamentosa antecedente à cirurgia. Segundo o estudo Katherine, publicado no New England Journal of Medicine, o medicamento injetável conhecido como T-DM1 é capaz de reduzir em 50% o risco da recorrência do câncer ou do óbito dos pacientes nessa situação.

A medicação funciona de forma diferente da quimioterapia convencional, que pode agir em todas as células do organismo, resultando em efeitos colaterais agressivos. Já o T-DM1 é liberado de forma seletiva apenas no interior das células cancerígenas, sendo considerado por especialistas o maior avanço em 15 anos para esses pacientes.

O tratamento com T-DM1 apresentou menos efeitos colaterais, como a queda de cabelo. De acordo com o estudo publicado, em um período de três anos mais de 88% das pacientes tratadas com a nova medicação não tiveram o tumor novamente e nem vieram a falecer.

Sobre a doença

Muitos tratamentos contra o câncer estão disponíveis e a escolha depende de vários fatores, como o tipo e estágio do câncer, a saúde geral e as preferências do paciente diagnosticado com a doença. Desse modo, o paciente e o médico podem juntos medir os riscos e os benefícios de cada tratamento, para determinar o que é melhor em cada caso.

Segundo o mastologista do Núcleo da Mama, Dr. Cesar Machado, há dois fatores que explicam o crescimento rápido dos casos de câncer no Brasil e no mundo. “Primeiro, o envelhecimento da população, já que quanto mais idosa a pessoa, mais implicações e maior risco ela tem de desenvolver o câncer. Em segundo lugar, o aumento na frequência da doença deve-se a outros fatores de risco, tais como o tabagismo, o sedentarismo, a alimentação errada, entre outros”, afirma.

O especialista destaca, ainda, que o diagnóstico inicial para o câncer é fundamental, pois aumenta significativamente as chances de cura. “Falando especificamente do câncer de mama, nós temos em torno de 95% de chance de cura, hoje em dia, num diagnóstico bem inicial, que é no caso de um invasor pequeno”, detalha.

“Apesar dos principais números de câncer de mama serem a partir dos 30 anos de idade e aumentarem progressivamente, com um pico maior em 60 e 65, desde crianças precisamos adotar um estilo de vida mais saudável, para evitar no envelhecimento o aparecimento do câncer”, finaliza o mastologista do Núcleo de Mama, Dr. Cesar Machado.

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