Notícias Viva Mais

Ginecologia e Obstetrícia PUBLICADO EM 23/07/2018

Infertilidade não é um problema raro

Cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva sofrem com dificuldades para engravidar

Participação do Dr. Joaquim Roberto Costa Lopes, médico especialista em reprodução humana

Infertilidade não é um problema raro

A infertilidade não é um problema raro, ela atinge cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva. Nos dias atuais, muitos casais estão retardando a chegada dos herdeiros e, no momento em que decidem gerar um bebê, acabam encontrando dificuldades na realização desse sonho. Por isso, havendo dificuldades para engravidar, eles devem buscar auxílio médico.

Recomenda-se que a mulher, tendo menos de 30 anos e não possuindo um problema conhecido que a impeça de engravidar (marido vasectomizado, por exemplo), pode aguardar uma gravidez, espontaneamente, por dois anos. Na faixa de 30 a 35 anos, a espera pelo bebê não deve passar de um ano. E, entre 35 e 40 anos, o casal deve procurar o médico especialista se a gravidez não surgir após seis meses, tendo uma vida sexual ativa e, especialmente, se não estiver utilizando nenhum método para evitar a gravidez.

“Não é necessário ter relação sexual, diariamente, se essa não for a rotina e o desejo do casal. A maioria dos casais, que tiveram os filhos que planejaram ter, possuem um ritmo de coitos de 2 a 3 vezes por semana”. (Dr. Joaquim Roberto Costa Lopes, médico ginecologista e obstetra e especialista em reprodução humana) 

Muitos casais inférteis, erroneamente, concentram as relações no período fértil, passam a ter relações diárias nessa fase do ciclo menstrual, na maioria das vezes, sem o menor desejo sexual, apenas porque julgam necessário o relacionamento sexual com muita frequência. Quando a gravidez chega logo, tudo bem. Mas, com o tempo, essas relações forçadas (e desnecessárias) produzem um desgaste emocional no casal, propiciando desajustes na vida conjugal. 

É importante destacar que, caso os planos para engravidar adiem, há a possibilidade do congelamento de óvulos. Para isso, “a mulher deve procurar um ginecologista, com formação em reprodução humana, ou mesmo um especialista em medicina reprodutiva, para investigar o seu potencial reprodutivo. Esse estudo avalia o aparelho reprodutor como um todo. Existem exames, hoje, que preveem a ocorrência da menopausa até 13 anos antes que a mesma aconteça. São pesquisas simples, disponíveis a todos os médicos e que permitem avaliar, entre outros aspectos, a reserva ovariana. Quando há risco de esgotamento da reserva ovariana e a mulher quer adiar a maternidade para um momento futuro da sua vida, recomenda-se que ela congele óvulos para utilizar quando decidir ter filhos, mantendo viva a possibilidade de ser mãe. O congelamento deve ser feito, preferencialmente, antes dos 38 anos”, finaliza o Dr. Joaquim Lopes.

Compartilhe essa notícia: