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Mastologia

Vídeo Completo – Série Câncer de Mama

Por Dra. Gabriela Arruda

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Viva Mais Viva Melhor – Qual a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama?
Núcleo de Mama – O câncer de mama é o tumor maligno mais frequente na população feminina, excetuando-se os cânceres de pele não-melanoma, e a primeira causa de mortalidade em câncer em mulheres em todo o mundo. Um tumor descoberto em estágio inicial tem índices de cura que chegam próximos a 95%, ou seja, falar em detecção precoce é poder falar em cura do câncer de mama e a única forma de detecção precoce do câncer de mama é realizar exames de rastreamento regulares como a mamografia, autoexame mensal e exame médico periódico.

Viva Mais Viva Melhor – Como devo realizar os exames de rastreamento do câncer de mama?
Núcleo de Mama – Pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) a recomendação para a população em geral é que o controle mamográfico se inicie com uma primeira mamografia de base aos 35 anos e passe a ser realizada anualmente após os 40 anos. A depender das características da densidade mamária, o exame poderá ser complementado com o ultrassom. Para mulheres de alto risco ao desenvolvimento do câncer de mama, como aquelas que já têm mutação genética já conhecida ou as que têm parentes de primeiro grau (mãe, pai, irmã ou filha) com casos de câncer de mama ou de ovário este esquema de rastreamento sofre alterações e ela deve procurar o seu mastologista para ter as orientações adequadas.

Viva Mais Viva Melhor – Qual o melhor exame de rastreamento para o câncer de mama, mamografia ou ultrassom?
Núcleo de Mama – Na atualidade, o exame que mostra maior impacto na detecção precoce e queda de mortalidade para o câncer de mama é a mamografia. A mamografia consegue detectar nódulos mamários muito antes deles serem palpados no exame físico médico ou em autoexame, além de alguns sinais precoces do câncer de mama como o grupamento de microcalcificações ou distorções de parênquima, serem apenas visualizados pela mamografia. O ultrassom é um exame complementar à mamografia. A depender da densidade mamária ou da forma de apresentação atípica da doença, ele pode contribuir para um diagnóstico mais preciso. Por exemplo, nas mais jovens comuns nas mulheres abaixo dos 40 aos de idade que apresentam uma quantidade maior de tecido glandular, a mamografia pode apresentar limitações e para essas mulheres o ultrassom passa a ter sua importância no diagnóstico precoce.

Viva Mais Viva Melhor – Qual a importância do autoexame e quais os sinais e sintomas do câncer de mama?
Núcleo de Mama – A principal função do autoexame mensal das mamas é o maior conhecimento corporal e permitir o retorno mais precoce ao mastologista em casos de dúvida. Ele não substitui a ida ao mastologista e nem tampouco o exame de imagem para o rastreamento. Lembrar que, com a mamografia, estamos procurando lesões não palpáveis e, portanto, não identificadas necessariamente no exame físico. Já a consulta com o mastologista é essencial para identificação de fatores de risco, sinais e sintomas sugestivos da doença. Dentre estes sinais e sintomas, destaque para a presença de nódulo endurecido indolor na mama ou axila e outros achados que devem ser considerados são: a retração ou abaulamentos nas mamas, a retração do mamilo, gânglios axilares aumentados, feridas que não cicatrizam, vermelhidão, inchaço, dor e a presença de líquido de cor vermelha ou transparente nos mamilos.

Viva Mais Viva Melhor – Quais as opções de tratamento para o câncer de mama?
Núcleo de Mama – O tratamento do câncer de mama é multidisciplinar e evoluiu bastante nas últimas décadas, o que tem contribuído para um número cada vez maior de sobreviventes da doença. Dentro do nosso arsenal de terapias temos o tratamento cirúrgico com as cirurgias conservadoras, quando apenas uma parte da mama é removida ou com as mastectomias, quando toda a mama é retirada. A terapia sistêmica na qual o corpo todo é tratado, seja com a quimioterapia ou hormonioterapia e a radioterapia, terapia local com o uso de radiação ionizante. É importante ressaltar que essas opções de tratamento podem ser usadas de maneira isolada ou combinadas, dependendo de cada caso clínico e do tipo de tumor específico da paciente. Algumas vezes não necessitaremos da quimioterapia ou da radioterapia, por exemplo.

Viva Mais Viva Melhor – É possível realizar reconstrução mamária junto com a mastectomia?
Núcleo de Mama – Sim. O tratamento cirúrgico atual do câncer de mama contempla uma série de técnicas que proporcionam além da extirpação do tumor maligno a reconstrução imediata da mama operada. A este conjunto de técnicas dá-se o nome de oncoplastia, que é alicerçada em dois pilares. Primeiro, atenção aos critérios mais rigorosos da cirurgia oncológica, em que se objetiva a retirada dos tumores malignos com margem de segurança. Segundo, a utilização de técnicas de cirurgia plástica, visando oferecer resultados estéticos confortáveis. Em quase todos os casos em que a mastectomia é o tratamento indicado, é possível realizar no mesmo ato cirúrgico a reconstrução mamária, possibilitando ao paciente neste momento crucial do tratamento a preservação da sua autoestima.

Viva Mais Viva Melhor – O que podemos fazer para prevenir o câncer de mama?
Núcleo de Mama – Medidas que reduzem o risco de câncer de mama cientificamente comprovadas são a prática regular de exercícios físicos, alimentação saudável, evitando o uso de bebidas alcóolicas, realização de mamografia conforme a faixa etária. Pacientes entre 35 e 40 anos realizar a primeira mamografia, se normal, o exame só precisará ser repetido aos 40 anos. Pacientes com 40 anos ou mais, realizar mamografia anualmente. Uma exceção, pacientes que tiveram câncer de mama em familiares de primeiro grau começarão a realizar a mamografia 10 anos antes da idade em que o familiar foi acometido pela doença. Por fim, realização de consulta médica anual de prevenção.