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Mastologia

Núcleo da Mama III – Vídeo Completo

Por Dra. Gabriela Arruda

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Viva Mais Viva Melhor – Por que é tão importante fazer a mamografia anual?
Dr. Marco Antônio Barbosa Filho – O câncer de mama, quando detectado no estágio inicial, tem um índice de até 95% de cura com os tratamentos modernos, porém, no início, o tumor frequentemente é indolor e impalpável. A mamografia é essencial para o rastreamento das pacientes, capaz de detectar pequenos nódulos e microcalcificações que estão presentes logo no início da doença.
Viva Mais Viva Melhor – Cistos mamários podem virar câncer de mama?
Dr. Marco Antônio Barbosa Filho – Não. Cistos são alterações benignas que correspondem a acúmulo de líquido no parênquima mamário. Quando muito grandes, podem causar dor ou desconforto no local, sendo necessário fazer uma punção para alívio dos sintomas, mas cistos simples não tem nenhuma relação com câncer de mama.
Viva Mais Viva Melhor – O que é Mastite?
Dr. Marco Antônio Barbosa Filho – Mastite é a inflamação da mama frequentemente causada por bactérias. A forma mais comum do surgimento de mastite é no período puerperal, quando a mulher está amamentando. Nesses casos, a amamentação não deve ser interrompida e a mulher deve procurar um mastologista, pois na maioria das vezes será necessário o uso de antibiótico.

Viva Mais Viva Melhor – Câncer de mama pode afetar mulheres jovens?
Dra. Manuela Monte Verde – A incidência do câncer de mama aumenta com a idade, considera-se câncer de mama na paciente jovem quando o câncer acontece antes dos 40 anos de idade. Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), a incidência é de 10% entre os 35 e 44 anos e de 2% entre os 20 e 34 anos. O câncer de mama na paciente jovem geralmente é mais agressivo, multifocal ou multicêntrico em relação a paciente mais velha e, quando ele é diagnosticado, o estadio clínico dele geralmente é mais avançado que nas pacientes maiores de 40 anos.
Viva Mais Viva Melhor – A paciente jovem com câncer de mama pode engravidar?
Dra. Manuela Monte Verde – Sabemos que a quimioterapia e a radioterapia tem efeito citotóxico no ovário e isso pode comprometer de forma temporária ou irreversível a fertilidade na paciente jovem, existem algumas estratégias que podem favorecer a fertilidade, quais são: a criopreservação de óvulos ou de tecido ovariano ou a criopreservação de embrião, mas para isso a paciente precisa ter um parceiro definido e este deve concordar com a fertilização. Os especialistas recomendam que as pacientes que querem tentar engravidar devem esperar pelo menos 2 anos após ter finalizado o tratamento. Por que 2 anos? Porque é nesse período que há maior risco de recidiva da doença.
Viva Mais Viva Melhor – Como diagnosticar o câncer de mama em mulheres jovens?
Dra. Manuela Monte Verde – O diagnóstico do câncer de mama em pacientes jovens é mais difícil porque o tecido mamário é mais denso quando comparado as pacientes mais velhas. O diagnóstico geralmente é feito pela própria paciente através de um nódulo palpável. O diagnóstico se faz através da biópsia percutânea guiada por ultrassom, onde podemos obter o resultado histológico e imuno-histoquímico da lesão. As pacientes consideradas alto risco familiar devem iniciar o rastreamento mamográfico aos 30 anos e, juntamente, exames complementares que podem ser a Ultrassom ou Ressonância das Mamas.

Viva Mais Viva Melhor – O que é a Oncoplastia Mamária e qual o seu objetivo?
Dra. Gabriela Arruda – Oncoplastia Mamária é o conjunto de técnicas cirúrgicas que proporcionará o tratamento ideal para o câncer de mama, associado ao melhor resultado estético e funcional para os pacientes. Tem por objetivo oferecer mais qualidade as sobreviventes do câncer de mama ao agregar as técnicas de reconstrução mamária à cirurgia sem prejudicar em nada o tratamento da doença.
Viva Mais Viva Melhor – Quando as reconstruções podem ser realizadas e para quais pacientes ela deve ser indicada?
Dra. Gabriela Arruda – As reconstruções mamárias podem ser imediatas, realizadas no mesmo tempo cirúrgico que a cirurgia para tratamento do câncer de mama, ou tardias, realizadas em outro momento após o término do tratamento. A Oncoplastia Mamária deve ser oferecida para todas as pacientes que serão submetidas a cirurgia na mama, já que promove benefícios para a qualidade de vida das pacientes. Atualmente, preconiza-se a reconstrução imediata, mas condições clínicas dos pacientes podem limitar as indicações cirúrgicas.
Viva Mais Viva Melhor – Qual a melhor técnica para reconstrução mamária?
Dra. Gabriela Arruda – A escolha da técnica para reconstrução mamária, seja imediata ou tardia, dependerá do estudo individualizado de cada paciente. Doenças de base a exemplos de hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo, localização e tamanho do tumor, necessidade de retirada completa ou parcial das mamas, possibilidade de preservação da pele, aréola e mamilo, assim como a presença ou ausência de radioterapia são alguns dos fatores avaliados. As técnicas envolvem desde o remodelamento da mama com doença com ou sem abordagem da mama contralateral para ajuste do tamanho e assimetria das mamas nas reconstruções parciais, o uso de prótese ou retalho miocutâneos, seja do abdômen ou das costas pras reconstruções totais das mamas, até ajustes finos como posição das cicatrizes, o uso de gordura para melhoria do contorno e forma das mamas, reconstruções de aréola e mamilos através de tatuagens, dentre outras.