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Hematologia e Hemoterapia PUBLICADO EM 25/09/2015SUS passa a oferecer transplante de medula óssea no tratamento de doença falciforme
Estima-se que entre 25 mil e 50 mil pessoas tenham a doença no Brasil
Pacientes com anemia falciforme, usuários do SUS, passam a contar com uma nova opção de tratamento, o transplante de medula óssea. Estima-se que entre 25 mil e 50 mil pessoas tenham a doença no Brasil, uma patologia hereditária, que provoca a alteração dos glóbulos vermelhos do sangue.
O transplante de medula é único tratamento curativo para a anemia falciforme. Até então, a técnica era feita em caráter experimental, dentro de pesquisas. Atualmente, o tratamento no SUS é feito com o uso de vacinação e penicilina nos primeiros 5 anos de vida, como profilaxia às infecções, uso regular de ácido fólico, medicamentos para a dor, uso de hidroxiuréia e, em alguns casos, transfusões de sangue de rotina.
A Bahia possui o maior número de incidência da doença, por se tratar de uma patologia que atinge principalmente a população negra. A cada 650 nascidos vivos, um possui a doença e o percentual do traço falciforme nos nascidos vivos está entre 7% e 10%.
Mais sobre a doença falciforme
A doença deforma o glóbulo vermelho [que carrega o oxigênio no sangue] e causa má circulação do sangue nos pequenos vasos do corpo. Os principais sintomas são lesões nos órgãos atingidos, crises de dor, principalmente nos ossos ou articulações, no tórax, no abdômen, e icterícia. A doença se manifesta, na maioria das vezes, após os seis meses de vida do bebê, sendo o “Teste do Pezinho” a melhor forma de diagnóstico.
Sobre o transplante de medula óssea
É um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue. É feita a substituição da medula óssea doente por células normais de medula óssea com o objetivo de reconstituição de uma nova medula.
Para ser doador de medula, é preciso ter entre 18 e 55 anos incompletos, gozando de boa saúde. Basta procurar um hemocentro, preencher um formulário com dados pessoais e realizar a coleta de uma amostra de sangue com 5ml para testes de compatibilidade. Os dados pessoais e os resultados dos testes serão armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante.
Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares e para realizar a doação. A retirada da medula é feita por meio de punções no osso da bacia e se recompõe em apenas 15 dias.