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Cirurgia de cabeça e pescoço PUBLICADO EM 27/08/2019

Linfomas: mais de 40 tipos de cânceres podem atingir o sistema linfático

Campanha Agosto Verde Claro alerta sobre o combate ao crescimento desordenado das células

Participação do especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, Dr. Gabriel Carletto

Linfomas: mais de 40 tipos de cânceres podem atingir o sistema linfático

O mês de agosto traz um alerta: a importância do diagnóstico precoce e do tratamento dos linfomas, que podem se apresentar com mais de 40 tipos, divididos entre o de Hodgkin e os Não Hodgkin. O Agosto Verde Claro foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No ano de 2018, os linfomas de Hodgkin e os Não Hodgkin tiveram, respectivamente, uma estimativa de 10.1802 e 2.5303 novos casos no Brasil.

O que são os linfomas?

São cânceres que têm origem no sistema linfático, uma rede de vasos, órgãos e gânglios do nosso corpo encarregado de distribuir as células de defesa por todo o organismo. A doença surge quando uma dessas células, um linfócito, sofre mutação e passa a se multiplicar de forma descontrolada. O fenômeno faz com que os gânglios aumentem de tamanho, podendo prejudicar as funções do sistema linfático.

As diferenças entre os tipos de linfomas estão nas características das células cancerígenas, que são analisadas por um patologista por meio da biópsia. Quando o profissional identifica uma determinada célula especifica, este linfoma é classificado como linfoma de Hodgkin. Todos os outros casos são chamados então de linfoma não Hodgkin, com diversos tipos e nomes.

Sintomas

Em geral, os principais sintomas dos linfomas são gânglios palpáveis e endurecidos nas axilas, virilhas e pescoço, normalmente indolores. Existem, no entanto, outras doenças mais comuns que podem levar ao aumento dos gânglios, como quadros de infecção.

Para o especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, Dr. Gabriel Carletto, é importante procurar um especialista caso os gânglios permaneçam por um longo período, principalmente se forem acompanhados por outros sintomas como febre, cansaço persistente, suor intenso à noite e perda de peso.

“Os linfonodos não doem quando são neoplásicos. As neoplasias malignas, os linfomas, normalmente aumentam em volume progressivamente, estão endurecidos, fixos, não são dolorosos. Os linfonodos inflamatórios não são patológicos, são reacionais, é a nossa defesa atuando para combater as infecções”, explicou o Dr. Gabriel Carletto.

Incidência e diagnóstico

Para o diagnóstico, alguns exames são necessários para procurar vestígios da doença nos linfonodos, além de exames de sangue e biópsia. A biópsia deve ser analisada por um patologista, que na sequência confirma o diagnóstico e encaminha o resultado para o especialista que dará sequência ao tratamento desse paciente em caso de linfoma, dependendo do tipo da doença e estágio.

Tratamento

Apesar do diagnóstico de câncer ser algo bastante impactante para o paciente, o linfoma de Hodgkin, por exemplo, é um modelo de sucesso da oncologia moderna e há grandes esperanças de cura. Atualmente, em estágios iniciais, cerca de 85 a 95% dos pacientes são curados na primeira linha de tratamento – quimioterapia associada ou não a radioterapia – o que ressalta a importância do diagnóstico precoce. Nos casos mais avançados, de 70 a 80% dos pacientes podem ser curados. E mesmo para os casos de recaída – quando a doença retorna depois de um período de remissão – ainda há outras opções medicamentosas.

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