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Cirurgia de cabeça e pescoço PUBLICADO EM 06/04/2020

Ínguas no pescoço devem ser motivo de preocupação?

Aumento dos linfonodos deve ser avaliado, pois pode indicar problemas graves

Com participação do Dr. Gabriel Carletto, especialista de cabeça e pescoço

Ínguas no pescoço devem ser motivo de preocupação?

A íngua é um inchaço caracterizado por caroços, que podem surgir em diferentes partes do corpo, inclusive no pescoço. Elas são importantes sinalizadores de que algo não está certo com o sistema imunológico (defesa do organismo), indicando algum tipo de infecção ou doença. Quando os linfonodos, pequenas estruturas localizadas em nosso organismo com a função de defesa, aumentam mais do que o normal, as ínguas podem aparecer. Também chamados de gânglios linfáticos, os linfonodos atuam como filtro de defesa para infecções virais e bacterianas. Quando uma ou mais ínguas aparecem, é importante que elas sejam avaliadas por um especialista, porque embora elas possam ter uma causa benigna, como na maioria dos casos, também podem indicar problemas graves, como o linfoma, câncer que começa nas células do sistema linfático.

De acordo com o Dr. Gabriel Carletto, especialista em Cabeça e Pescoço, na maioria das vezes as causas das ínguas são inflamatórias e não necessitam de nenhum tratamento. “Contudo, caso essas ínguas apareçam no pescoço e persistam com crescimento progressivo, dor ou mesmo saída de secreção (…), se um linfonodo está muito tempo aumentado, arredondado, endurecido, isso pode sugerir uma neoplasia maligna, que necessita de um tratamento específico”, destaca. As ínguas também podem ser sinais de doenças autoimunes como o lúpus, doenças da glândula tireoide, artrite reumatoide, entre outras.

Os linfomas até podem deixar os linfonodos doloridos, mas “na maioria dos casos, os linfonodos não doem quando são neoplásicos, ou seja, cancerígenos. “Os linfomas normalmente aumentam em volume progressivamente, são endurecidos, fixos e normalmente não são dolorosos. Os linfonodos dolorosos são, geralmente, inflamatórios que não são patológicos. São reacionais, ou seja, é a nossa defesa natural atuando para combater as infecções”, explica o Dr. Gabriel Carletto.

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