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Comportamento PUBLICADO EM 17/12/2015Heroína: Fatos, Efeitos e Riscos para a Saúde
Não importa como ela é utilizada, a droga é altamente viciante
A heroína é uma droga opioide, ilegal, altamente viciante, derivada da morfina, substância natural extraída da planta da papoula do ópio. Durante o processamento do ópio origina-se a morfina, que então é transformada em heroína. Trata-se de um entorpecente, muitas vezes obtido em laboratórios clandestinos, que provoca diminuição da atividade do sistema nervoso central, ou seja, é uma substância depressora.
A heroína
Droga opioide que alivia a dor e retarda o funcionamento do corpo combina o ácido diacetil com a morfina. Pode parecer um pó branco ou marrom, ou alcatrão preto. Usuários cheiram, fumam ou injetam a droga sob a pele ou em um músculo. Seus efeitos podem ser sentidos quase que imediatamente e a duração do efeito é de 4-5 horas. Não importa como ela é utilizada, a heroína é altamente viciante.
Recentemente, a heroína foi misturada com o fentanil, um opiáceo que é cerca de 100 vezes mais potente que a morfina e 50 vezes mais potente do que a heroína.
Extensão do uso de heroína
Apesar de sua venda e utilização ser ilegal em muitas partes do mundo, o consumo de heroína está crescendo cada vez mais, principalmente entre os jovens entre 18-25. Os indivíduos nesta faixa etária que procuram tratamento por abuso de heroína aumentou de 11% do total de admissões em 2008 para 26% no primeiro semestre de 2012.
Efeitos de heroína
Depois de ingerir heroína, a pessoa fica num estado sonolento, fora da realidade. Os batimentos cardíacos e respiração diminuem, sintoma muito comum no uso de opiáceos, sendo inclusive a causa de morte por overdose. As primeiras sensações são de conforto.
Riscos para a saúde
O consumo de heroína está associado com vários riscos para a saúde – incluindo a morte por overdose – tornando-se uma das drogas ilícitas mais perigosas.
1. Dependência
Por causa do uso repetido do fármaco, ocorrem alterações no corpo, resultando em uma síndrome de abstinência se o medicamento for interrompido repentinamente. A dependência física não significa necessariamente que uma pessoa é viciada.
2. Tolerância
Ocorre quando a pessoa passa a usar maior quantidade da droga para atingir o mesmo efeito inicial.
3. Vício
O consumo de heroína repetidamente resulta em vício – uma doença crônica recidivante que vai além da dependência física e é caracterizada pelo comportamento de busca incontrolável pela droga, apesar das consequências nocivas e negativas. Uma vez que uma pessoa se torna viciado em heroína, buscar e usar a droga torna-se seu objetivo principal na vida.
4. Morte por overdose
Uma overdose por heroína é caracterizada por respiração lenta e superficial, lábios e unhas azuis, pele pegajosa, convulsões, coma e, se não reconhecida e não tratada, a eventual morte. Se uma overdose de opiáceos é rapidamente identificada, a medicação naloxona pode revertê-la.
Abstinência de heroína
Os sintomas de abstinência incluem:
– Inquietação
– Músculo e osso dor
– Insônia
– Diarreia
– Nausea e vomito
– Calafrios
– Ansiedade
– Depressão
– Cólicas
– Febre
Possíveis complicações médicas adicionais decorrentes do uso de heroína incluem:
– Pneumonia
– Tuberculose
– Hepatite
– Depressão
– Disfunção sexual
– Reações alérgicas
– Artrite
– Sistema imunológico enfraquecido.
Tratamentos para a heroína
Existem diferentes abordagens para o uso indevido de heroína e tratamento da toxicodependência. No entanto, o tratamento começa inicialmente com o processo de desintoxicação. O processo pode ser efetuado em ambiente hospitalar para ajudar o indivíduo fisicamente e mentalmente a se ajustar à ausência da droga. Medicamentos como clonidina, ondansetron, e hidroxizinapode são usados para diminuir o desconforto da retirada. Há várias opções de tratamento farmacológico para a terapia de dependência de longa duração. Medicamentos eficazes incluem metadona, Suboxone e Vivitrol.