Notícias Viva Mais

Medicina do Sono PUBLICADO EM 19/08/2016

Distúrbios do Sono: Se não tratados, podem gerar complicações graves

Uma noite mal dormida pode, inclusive, levar a acidentes no trabalho e no transito

Participação da médica Adja Oliveira, especialista em otorrinolaringologia e medicina do sono

Quem não já teve uma noite mal dormida, sono em excesso ou algum outro problema ligado ao sono? Qualquer uma destas opções resultam em dias poucos produtivos e, até mesmo, mau humor. Insônia, ronco e sonambulismo são alguns dos mais comuns distúrbios que afetam o nosso sono. E você sabia que o sono tem quatro fases? Cada uma delas é responsável por uma atividade diferente, ou seja, dificuldades em qualquer umas destas fases do sono pode trazer prejuízos a curto ou longo prazo. Mas, para a alegria de muitos, os distúrbios do sono tem tratamento.

Durante o sono, ao contrário do que parece, o sistema nervoso central permanece ainda em atividade e o corpo sofre alterações que são importantes para manter a fisiologia adequada. Quando não se dorme a quantidade suficiente do bom sono, os problemas de sono podem aparecer, a exemplo de alterações comportamentais, irritabilidade, agitação, dificuldade de concentração, desânimo, problemas de memória e de aprendizado. Podem surgir alterações do humor, depressão ou ansiedade. 

Pacientes que não dormem têm um aumento do risco para doenças cardiovasculares como o AVC, pressão alta, infarto agudo do miocárdio e também alterações metabólicas como o diabetes. Além disso, há uma maior predisposição a acidentes de trabalho e no trânsito, principalmente em motoristas. Por isso, é importante fazer uma rotina que seja relaxante para preparar o organismo para dormir, evitando atividades estimulantes e estresse. No geral deve-se manter hábitos saudáveis de alimentação e de atividade física. 

O tratamento dos distúrbios do sono é direcionado para a sua causa específica. A médica Adja Oliveira, especialista em otorrinolaringologia e medicina do sono diz que o tratamento “envolve desde o uso de medicações até a abordagem do hábito de vida da pessoa, a higiene do sono, um acompanhamento psicológico e a utilização de dispositivos como o CPAP, que são utilizados em pacientes que têm apneia do sono”.