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Ginecologia e Obstetrícia PUBLICADO EM 19/12/2018

Casal divide, igualmente, a responsabilidade pela infertilidade conjugal

Especialista orienta sobre quando um casal deve buscar ajuda médica para ter filhos

Participação do Dr. Joaquim Lopes, médico especialista em reprodução humana

Casal divide, igualmente, a responsabilidade pela infertilidade conjugal

A infertilidade conjugal, que atinge cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva, é caracterizada pela ausência de gravidez em um casal com relações sexuais regulares, sem uso de medidas anticonceptivas, por um período de um ou mais anos. Os tratamentos de reprodução assistida são cada vez mais procurados por casais que não conseguem ter filhos. De acordo com dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o número de Fertilizações in Vitro (FIV’s), realizadas no Brasil, cresceu 149,79% em cinco anos, de 2011 a 2016, aumentando de 13.527 para 33.790 procedimentos.

O médico especialista em Reprodução Humana, Dr. Joaquim Lopes, recomenda medidas para aumentar chances de uma gravidez espontânea e orienta sobre quando um casal deve buscar ajuda médica para ter filhos. Segundo ele, “as mulheres são responsáveis por 40% dos casos de infertilidade, os homens também têm responsabilidade em 40% e os 20% restantes resultam de causas desconhecidas ou de causas associadas aos dois sexos”.

Portanto, a responsabilidade pela gravidez deve ser compartilhada igualmente pelos dois sexos. “Quando um casal decide buscar ajuda especializada para ter filhos, a investigação da infertilidade deve ser feita pelos dois, o homem e a mulher, para que se identifique as condições de fertilidade de cada um e o tratamento mais adequado seja indicado”, afirma Dr. Joaquim Lopes.

Um casal que tem relações sexuais frequentes, sem uso de métodos anticoncepcionais, possui cerca 20% de chance de engravidar a cada mês. Segundo o Dr. Joaquim Lopes, “uma mulher com menos de 30 anos e vida sexual ativa, que deseja ser mãe, pode esperar até dois anos para que aconteça a gravidez, se ela já foi avaliada por um especialista e não apresenta nenhum problema que possa afetar sua fertilidade. Caso a mulher tenha mais de 30 anos não deve aguardar mais que um ano para iniciar uma investigação com o especialista. Se atingiu 35 anos, o prazo de espera não deve ultrapassar seis meses. Após os 40 anos de idade, se a mulher deseja engravidar, ela deve iniciar a investigação da sua capacidade fértil imediatamente”.

Vale destacar, que “a maior parte dos casos de infertilidade pode ser revertida com medidas simples. Estima-se que apenas um terço dos casais com problemas para ter filhos precisa de técnicas mais complexas para realizar o sonho de ter um bebê”, finaliza Dr. Joaquim Lopes.

Fonte: Cenafert

 

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