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Oncologia Clínica PUBLICADO EM 29/09/2017Câncer de Fígado: Pouco prevalente, mas muito agressivo
Patologia não apresenta sintomas na fase inicial
Participação do Dr. Alexandre Albuquerque, médico especialista em cirurgia oncológica
Apesar de não estar entre as patologias mais prevalentes, o câncer de fígado também exige cuidados. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os tumores malignos de fígado podem ser divididos em dois tipos: primário (que tem sua origem no próprio órgão) e secundário ou metastático (originado em outro órgão e que atinge também o fígado). Este tipo de tumor pode ter cura quando a doença é diagnosticada precocemente, porém, a indicação do tratamento vai depender do estado do tumor, se é avançado ou não, e do estado de saúde geral do indivíduo.
A principal causa do câncer do fígado é a cirrose hepática e a hepatite crônica pelos vírus B e C, além de outras doenças do fígado, como a hemocromatose (acúmulo de depósito de ferro no fígado). “O câncer primário do fígado, que na grande maioria das vezes é o hepatocarcinoma, normalmente decorre de uma doença crônica do fígado, como por exemplo, a cirrose hepática, que pode ser causada por hepatites crônicas e, também, pela cirrose hepática de etiologia alcoólica”, revela o Dr. Alexandre Albuquerque, médico especialista em cirurgia oncológica.
É importante ressaltar, que o câncer de fígado dá poucos sinais no início, geralmente, esses sinais aparecem mais na doença avançada. Os principais sinais são: dor, geralmente localizada na parte direita do abdome, icterícia (coloração amarelada nos olhos), perda inexplicável de peso, falta de apetite e ascite (acúmulo de líquido dentro do abdome).
O diagnóstico de câncer de fígado é feito por exames de imagem, como o ultrassom, a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética. Além disso, pode ser detectado no sangue, através da dosagem de alfafetoproteína, marcador tumoral que costuma ficar aumentado em cerca de 60 a 70% dos casos de cânceres primários do fígado. (Dr. Alexandre Albuquerque)
Para prevenir contra o câncer de fígado é necessário eliminar os fatores de risco, que são as doenças crônicas do fígado, como as hepatites B e C e a cirrose alcoólica. A hepatite B é prevenida, hoje, com a vacinação; a cirrose alcoólica é prevenida devendo-se abster do uso excessivo do álcool; e a hepatite C evitando a contaminação por compartilhamento de agulha, objetos cortantes e etc.