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Cirurgia de cabeça e pescoço PUBLICADO EM 03/07/2019

Autoexame da tireoide pode ajudar a detectar nódulos

Detecção precoce de um tumor pode aumentar muito as chances de cura

Participação do Cirurgião de Cabeça e Pescoço, Dr. Gabriel Carletto

A tireoide é uma glândula que fica na região do pescoço e pode sofrer alguns problemas, como disfunções ou surgimento de nódulos – isso é mais comum nas mulheres e estima-se que quase 50% das que têm mais de 50 anos tenham ou vão ter algum nódulo. Se identificado, a maior preocupação é que o nódulo seja maligno, mas no caso da tireoide, na maioria das vezes ele é benigno.

Nesse caso, o nódulo deve ser acompanhado uma vez por ano através do exame de ultrassom – se permanecer com a mesma forma e tamanho, nada precisa ser feito; mas se crescer, pode ser que precise ser puncionado com uma agulha fina. Ele deve ser puncionado também se for maior do que 1 centímetro, se for detectado em pessoas muito jovens (abaixo de 18 anos) ou muito velhas (acima de 60 anos) ou tiver características, como contorno indefinido, calcificação interior de um nódulo recente ou vascularização central ou periférica.

De acordo com o cirurgião de cabeça e pescoço Dr. Gabriel Carletto, o autoexame da tireoide é simples e pode ajudar a detectar o câncer. “É bom saber que a ida ao médico não pode ser trocada por este autoexame. A consulta com o endocrinologista uma vez por ano é fundamental, mesmo se nenhum sinal for identificado no autoexame. Se for, a consulta deve ser antecipada”, declarou.

“A detecção precoce de um tumor na tireoide pode aumentar muito as chances de cura, assim como acontece no câncer de mama”, frisou o Dr. Gabriel Carletto. O médico explicou, ainda, que o autoexame da tireoide deve ser feito da seguinte forma, pelo menos a cada seis meses:

– Com um espelho, procure no pescoço a região logo abaixo do “pomo de adão”, onde fica a tireoide;
– Incline o pescoço para trás, para deixar a região mais exposta;
– Beba um pouco de água;
– Ao engolir, a tireoide vai subir e descer; nesse momento, observe se há algum caroço ou saliência;
– Se houver alguma anormalidade, procure um especialista.

Segundo recomendações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, mulheres com mais de 35 anos, pessoas com histórico familiar de hipotireoidismo, pessoas que sofreram radiação na cabeça ou pescoço ou pessoas com doenças autoimunes devem fazer exames e investigar problemas na tireoide com mais frequência.