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Radiologia

Tema: Ressonância Magnética

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Viva Mais Viva Melhor – Exame que reproduz imagens de grande resolução e clareza de qualquer parte do corpo, a ressonância magnética é hoje um dos métodos diagnósticos mais usados pelos médicos. Como se trata de um exame não invasivo, indolor, que não se utiliza de radiação ionizante e que permite grande detalhamento anatômico, tornou-se a principal escolha para a avaliação das doenças ósseas, as doenças articulares e também as das partes moles. Para esclarecer as dúvidas mais frequentes sobre o assunto, convidamos a médica Valesca Sarkis, especialista em radiologia e diagnóstico por imagem.

Doutora, qual a aplicação da ressonância magnética para o sistema musculoesquelético? Quando é que o exame de ressonância é o mais indicado?
Dra. Valesca Sarkis – A ressonância magnética tem múltiplas indicações para avaliação do sistema musculoesquelético para auxiliar no diagnóstico clínico das diversas lesões. Seu papel é fundamental, contudo, para avaliar as lesões intra-articulares que não podem ser bem caracterizadas com outros métodos de imagem não invasivos.

Viva Mais Viva Melhor – É possível diagnosticar, através da ressonância magnética, lesões sutis como estiramento muscular ou extensas roturas?
Dra. Valesca Sarkis – Sim. Já que a ressonância magnética é um exame com alta resolução espacial e com grande sensibilidade, é possível avaliar lesões sutis como leves estiramentos musculares, também permite quantificar extensas roturas possibilitando melhor planejamento no momento do tratamento do paciente.

Viva Mais Viva Melhor – É preciso utilizar o contraste venoso para avaliar o sistema músculo esquelético, doutora?
Dra. Valesca Sarkis – A grande maioria das patologias que comprometem o sistema musculoesquelético não necessita da utilização do meio de contraste paramagnético para a sua avaliação. Contudo, a indicação do meio de contraste deve ser individualizada, visto que o seu uso permite melhor delimitação das lesões e a avaliação da sua vascularização.

Viva Mais Viva Melhor – O exame de ressonância magnética pode ser realizado em pacientes que possuem algum tipo de implante metálico, como hastes, próteses ou parafusos, relacionados a cirurgias ortopédicas pregressas?
Dra. Valesca Sarkis – Sim. Nestes casos o que podemos nos deparar é com artefatos criados pelo campo magnético que podem distorcer algumas das imagens adquiridas, adjacentes ao material metálico. Hoje já dispomos de algumas sequências de redução destes artefatos que podem contribuir com a melhora da qualidade das imagens.

Viva Mais Viva Melhor – Doutora, é correto afirmar que a ressonância magnética é fundamental não só para diagnosticar lesões, mas também para definir o tipo de tratamento a ser adotado pelo médico?
Dra. Valesca Sarkis – Na medida em que a ressonância magnética auxilia no diagnóstico e estadiamento das lesões, ela contribui para definir o tratamento indicado para cada patologia. Portanto, é correto afirmar que a ressonância contribui para o diagnóstico e avaliação do tratamento do paciente. 

Viva Mais Viva Melhor – Na avaliação dos joelhos, quais as patologias são identificadas com mais frequência pela ressonância magnética? 
Dra. Valesca Sarkis – As patologias que mais acometem os joelhos são as erosões de cartilagens, roturas dos meniscos, roturas dos ligamentos, principalmente do cruzado anterior e colateral medial e as patologias degenerativas, todas elas muito bem avaliadas através do estudo de ressonância magnética.

Viva Mais Viva Melhor – Quais são os achados mais comuns na avaliação do ombro por ressonância magnética? 
Dra. Valesca Sarkis – No ombro os achados mais comumente encontrados são as patologias que acometem os tendões, sejam elas alterações degenerativas ou roturas e as alterações degenerativas que comprometem a articulação acromioclavicular.

Viva Mais Viva Melhor – A ressonância magnética é um bom exame para avaliação de dor nos pés? O quê que pode ser encontrado nestes casos?
Dra. Valesca Sarkis – A ressonância magnética é um excelente exame para avaliação de dor nos pés. Ela permite a diferenciação das patologias que causam dor, como neuromas de Morton, fascite plantar, fraturas e artropatias degenerativas.

Viva Mais Viva Melhor – Crianças também podem ser acometidas por patologias ortopédicas, não é doutora? Nestes casos elas também se beneficiam do exame de ressonância magnética?
Dra. Valesca Sarkis – As crianças também podem ser acometidas por patologias ortopédicas, na sua maioria por lesões pós-traumáticas. Entretanto, patologias congênitas como as displasias e malformações também podem ser bem avaliadas através do exame de ressonância magnética. 

Viva Mais Viva Melhor – É importante que o paciente leve exames anteriores como o raio-X e ultrassonografia quando for realizar o exame?
Dra. Valesca Sarkis – É muito importante que o paciente leve exames anteriores quando for realizar a ressonância magnética, principalmente as radiografias convencionais ou raios-X. Pois os diferentes métodos de imagens são complementares entre si e permitem uma melhor avaliação e interpretação das imagens adquiridas da ressonância.

Viva Mais Viva Melhor – Para finalizar, doutora, é preciso algum preparo antes da realização deste exame? Quais as recomendações básicas?
Dra. Valesca Sarkis – Não há a necessidade de preparos especiais para a realização do exame de ressonância magnética. O que se orienta é a realização de um curto período de jejum de aproximadamente 3 horas apenas para aqueles pacientes que sabidamente irão utilizar o meio de contraste endovenoso. Ademais, apenas chamamos a atenção para condições que contraindicam o exame, como o uso de marcapasso e implantes trocleares. 

Viva Mais Viva Melhor – Conversamos com a médica Valesca Sarkis, especialista em radiologia. Doutora, muito obrigada e até a próxima.