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Oftalmologia PUBLICADO EM 07/07/201710 de Julho: Dia da Saúde Ocular
O glaucoma e a importância dos exames periódicos
Participação do oftalmologista, Dr. Moacyr Freitas
O dia 10 de Julho foi o escolhido para comemorar o Dia da Saúde Ocular. Por isso, nesta data, é importante chamar a atenção para alguns cuidados no que diz respeito à visão. Antes de qualquer coisa, a prevenção é fundamental. Tomando-se os devidos cuidados, as principais doenças da visão podem ser evitadas. E, para comemorar a data, o Viva Mais, através do médico oftalmologista, Dr. Moacyr Freitas, dará destaque a uma doença que chega sem avisar, fica em silêncio e é muito perigosa, o glaucoma, patologia crônica capaz de causar cegueira se não for tratada a tempo.
Apesar do glaucoma não ter cura, ele pode ser controlado com colírios, laser e até intervenção cirúrgica. O problema do glaucoma é o fato de ser uma doença silenciosa, já que o simples aumento da pressão intraocular não é capaz de causar nenhum sintoma. Dor nos olhos só costuma ocorrer quando a pressão está altíssima, normalmente acima dos 40 mmHG (milímetro de mercúrio). “A pressão intraocular normal varia entre 8 a 21 mmHG (milímetros de mercúrio). Quando essa pressão se torna maior do que 21 mmHG, começa a haver risco de lesão do nervo óptico e pode ser diferente entre os olhos. O paciente com diagnóstico de glaucoma necessita de pressões mais baixas”, afirma Dr. Moacyr Freitas.
No glaucoma, por razões ainda desconhecidas, o fluido drena muito lentamente para fora do olho. E, à medida que o fluido se acumula, a pressão dentro do olho aumenta e pode ocorrer dano no nervo óptico. Não existe uma causa bem definida para explicar porque isso acontece. Basicamente, a área de drenagem deixa de funcionar adequadamente e o líquido fica represado dentro do olho.
“Somente a avaliação com o oftalmologista é capaz de identificar o glaucoma em fases iniciais, o que é essencial para evitar lesões irreversíveis no nervo óptico. Durante a avaliação do glaucoma, o oftalmologista deverá realizar diversos testes para chegar ao diagnóstico. Geralmente, o primeiro exame realizado é a tonometria, usada para medir a pressão intraocular. Esse exame deve ser feito, rotineiramente, em toda a consulta oftalmológica. Outro exame importante é o exame de fundo do olho (fundoscopia), realizado para avaliar o nervo óptico.” (Dr. Moacyr Freitas).
O tratamento do glaucoma é feito com colírios. Em casos mais graves, quando os colírios já não funcionam mais, ou em glaucomas de ângulo fechado, pode ser necessária a cirurgia para desobstruir a drenagem do humor aquoso. O tratamento cirúrgico, nos casos mais graves, tem cobertura pelos planos de saúde e pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas os medicamentos são disponibilizados de forma gratuita apenas através do SUS. Para quem precisa de múltiplas drogas para o controle da pressão ocular, os custos desses medicamentos são bastante elevados.
É importante ressaltar, que o glaucoma não tem cura e as lesões já existentes não podem ser revertidas. Portanto, o objetivo do tratamento é reduzir a pressão ocular e evitar o aparecimento de novas lesões do nervo óptico. Então, os medicamentos devem ser usados de forma contínua. “O acompanhamento deve ser o mais individualizado possível, depende muito do paciente, da agressividade da doença e também da fidelidade do paciente ao tratamento. A recomendação ideal é que seja feita a cada 3 meses”, explica Dr. Moacyr.
Sendo assim, a dica do Viva Mais para o Dia da Saúde Ocular é: previna-se, faça exames periódicos e consulte o seu oftalmologista regularmente, pois existem muitos produtos e tratamentos que podem ajudar a manter uma visão de boa qualidade ao longo da vida.