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Ginecologia e Obstetrícia PUBLICADO EM 06/11/2018Reposição hormonal alivia os sintomas causados pela menopausa
Terapia repõe carência hormonal produzida pela falência ovariana
Participação do Dr. Alan Coutinho, médico especialista em ginecologia e obstetrícia
Fase natural da vida para todas as mulheres, que se caracteriza pelo fim da capacidade de procriar, a menopausa acontece quando os ovários deixam de produzir os hormônios sexuais de forma total ou parcial. Na menopausa acontece a perda dos atributos femininos que fazem da mulher o principal alvo da atenção, do afeto, da admiração e do desejo masculino. Essa fase vem acompanhada de alguns sintomas desagradáveis, como ondas de calor, irritação, secura vaginal, redução na libido, dificuldade de concentração, entre outros. Por isso, a terapia de reposição hormonal é necessária, para repor a carência hormonal produzida pela falência ovariana.
A reposição hormonal não interrompe a evolução da menopausa, mas alivia os sintomas causados por ela, melhorando a qualidade de vida das mulheres. É o cuidado médico que devolve à mulher os hormônios sexuais que deixou de produzir em virtude da falência total ou parcial dos ovários. Deve ser administrada nas menores doses possíveis para atender as necessidades básicas hormonais do corpo. Além de dar desejos, os hormônios sexuais são responsáveis pela saúde física dos ossos, dos músculos, pele, cartilagem, articulações, coração e do cérebro.
Para iniciar a reposição hormonal são analisados, em conjunto, os sintomas, a idade, os níveis sanguíneos hormonais e o padrão menstrual. No que diz respeito aos sintomas, ela deve ser iniciada quando eles estiverem levando a uma perda da qualidade de vida da paciente. Em relação à idade, a reposição hormonal é iniciada, geralmente, entre os 48 e 52 anos, sendo de preferência antes dos 60 e com menos de 10 anos da menopausa. Em relação à menstruação, a reposição hormonal geralmente é iniciada um ano após a última menstruação, data esta que caracteriza a menopausa. E, no que diz respeito aos níveis hormonais, a reposição é iniciada quando os níveis de estradiol estão menores do que 30 e os níveis de FSH maiores que 30 por um período maior que um ano. Todos estes dados são analisados conjuntamente.
Porém, nem todas as mulheres podem fazer a reposição hormonal. Apesar de serem poucas, as que possuem contraindicações absolutas para o risco são:
– Mulheres que tiveram câncer de mama. Contudo, esta contraindicação se dá atualmente mais pela falta de evidência científica de segurança do uso do estrogênio em mulheres que já tiveram câncer de mama do que pela clara evidência do risco na sua utilização;
– Mulheres com histórico de um tipo de câncer de ovário, o tipo endometrióide, não podem fazer reposição hormonal. Os outros tipos de cânceres de ovário não estão contraindicados o seu uso;
– Mulheres com histórico de câncer de endométrio também não deve ser recomendada a reposição hormonal;
– Mulheres com doenças cardiovasculares graves ou histórico de infarto não devem também fazer o uso de reposição hormonal.
O médico Alan Coutinho, especialista em ginecologia e obstetrícia, afirma que “se a mulher não tem nenhum problema grave com as mamas, com o útero, com o ovário ou com o coração, a reposição hormonal pode ser feita de forma tranquila, principalmente se iniciada antes dos 60 e com menos de 10 anos da menopausa”.