Notícias Viva Mais

Outubro Rosa PUBLICADO EM 04/10/2018

Detecção precoce é o melhor remédio para a luta contra o câncer de mama

Quanto mais cedo for o diagnóstico, maiores as chances de cura e preservação da mama

Participação da Dra. Gildete Lessa, médica especialista em Oncologia Clínica

 

Detecção precoce é o melhor remédio para a luta contra o câncer de mama

As estatísticas sobre o câncer de mama são assustadoras. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a previsão para 2018 é de que 59.700 novos casos surjam, o que corresponde a cerca de 28% do total novos casos a cada ano. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.

Para um diagnóstico rápido e um tratamento eficaz, além de fazer os exames preventivos, a pessoa deve procurar orientação médica caso observe qualquer alteração nas mamas. A médica oncologista do Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB), Dra. Gildete Lessa, conta que a ultrassonagrafia das mamas, a mamografia anualmente e os outros exames complementares são essenciais para confirmar a doença. “A primeira ação seria as mulheres fazerem o autoexame, para perceberem algum tipo de alteração na mama, tais como vermelhidão, também chamado de hiperemia, retrações da pele, endurecimento e até mesmo nódulos quando já estão um pouco maiores”, acrescenta a médica.

Apesar do Ministério da Saúde afirmar que a recomendação é que mulheres a partir de 50 anos façam a mamografia, a cada dois anos, a Sociedade Brasileira de Mastologia defende que a mamografia feita com qualidade e com periodicidade anual, a partir dos 40 anos, ainda é o modo mais preciso de se diminuir a mortalidade por câncer de mama.

A jornalista Márcia Melo, 36 anos, revela que faz todos os exames regularmente. “Desde os 30 anos faço todos os exames anualmente com acompanhamento do mastologista. Como a minha mãe teve um câncer de mama aos 31 anos de idade, eu e as minhas irmãs fomos ‘obrigadas’ a sermos acompanhadas com mais atenção e o autoexame passou a ser uma prática”.  

Embora a hereditariedade seja responsável por apenas 10% dos casos, mulheres com história familiar de câncer de mama, em parentes de primeiro grau, mãe ou irmãs, devem buscar orientação médica precocemente.

“Já perdi muitas pessoas em função dessa enfermidade, inclusive a minha mãe e minha irmã. Costumo dizer que o câncer é uma doença da alma. Talvez esse seja o caminho: buscar o equilíbrio entre corpo/mente e espírito”, finaliza Márcia.

Alimentação saudável e atividade física regular ainda são as orientações mais adequadas para reduzir os riscos no combate ao câncer de mama, porém, a detecção em estágios iniciais da doença é fundamental para um resultado positivo.

Compartilhe essa notícia: