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Neurologia PUBLICADO EM 02/02/2017

Doença que vitimou ex-primeira-dama é silenciosa e requer atenção médica imediata

Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Lula, teve uma rotura de aneurisma cerebral em casa, foi levada para o hospital, mas não resistiu

Doença que vitimou ex-primeira-dama é silenciosa e requer atenção médica imediata

A ex-primeira-dama e mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marisa Letícia Lula da Silva, 66 anos, teve morte cerebral confirmada, nesta quinta-feira (02/02), em razão de complicações causadas por um AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico. Dona Marisa estava internada em estado grave, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 24 de janeiro.

Uma das causas do AVC hemorrágico é o aneurisma cerebral, uma dilatação anormal em uma artéria do cérebro. Nesse local, a parede da artéria é defeituosa e frágil. Ele está associado ao risco de rotura (rompimento) com sangramento, ou de compressão de estruturas cerebrais próximas, quando a dilatação for muito grande.

Aneurismas que nunca romperam nem sangraram podem não dar sintomas. São inimigos silenciosos. Os grandes, que comprimem estruturas, dão sintomas que variam em função da área. Podem ser desde dores de cabeça até uma deficiência neurológica específica.

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Quando um aneurisma rompe e sangra, ocorre uma hemorragia dentro do crânio, geralmente ao redor do cérebro, mas pode ser também em seu interior. A manifestação mais frequente é uma dor de cabeça muito intensa, de início súbito (de uma hora para outra) e vômitos. Às vezes há perda da consciência, sonolência ou convulsão. Sangramentos muito abundantes podem ser fatais, ou deixar sequelas permanentes.

Existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento ou para a recidiva de um aneurisma. É ficando atentos a esses fatores que podemos detectar ou diminuir a progressão da doença. Nesse sentido, é importante manter a pressão arterial e colesterol em níveis adequados, não fumar, e saber se há casos na família. Algumas condições menos comuns também aumentam o risco de formação de aneurismas, como rins policísticos, coarctação da aorta, etc.

O aneurisma cerebral roto, que sangrou, requer atenção médica imediata. Nesse caso, doutor Igor Maldonado, especialista em neurocirurgia, acrescenta que pode “haver dor de cabeça forte, que surge de forma extremamente rápida, seguida de vômitos”. Porém, para evitar maiores complicações, “as pessoas que possuem aneurismas que nunca sangraram, descobertos por acaso, devem conversar com seu médico sobre a necessidade de tratamento”, finaliza dr. Igor.

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