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Oncologia Clínica PUBLICADO EM 01/12/2016

Câncer Colorretal: Crescimento anormal das células do intestino

Tumor no intestino é o terceiro mais frequente no homem e o segundo na mulher

Participação do médico Herbert Almeida, especialista em cirurgia oncológica

Câncer Colorretal: Crescimento anormal das células do intestino

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer colorretal é o terceiro mais frequente entre os homens, logo após o câncer de próstata e de pulmão, e o segundo mais incidente nas mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama. Estima-se que, somente em 2016, serão diagnosticados quase 35 mil novos casos de câncer de cólon e reto no Brasil. Porém, ao ser detectado precocemente, este tipo de tumor é tratável e, na maioria dos casos, curável, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Algumas lesões iniciais podem ser tratadas com colonoscopia. Já as lesões maiores, a cirurgia, combinada ou não à quimioterapia e à radioterapia, é a regra no tratamento com intenção de curar, ou para se obter melhor controle dos sintomas, nos casos incuráveis. 

Também conhecido como câncer de intestino grosso, o câncer colorretal se caracteriza pelo crescimento anormal de células do intestino. Este crescimento inicia-se na mucosa, que é a camada mais interna, e vai progressivamente invadindo as outras camadas. Ao longo deste processo, pode haver invasão de alguns órgãos próximos, ou mesmo disseminação para outros locais à distância, sendo mais comuns no fígado e pulmão. Ele se inicia com alteração genética, que normalmente ocorre ao acaso, mas que, em uma menor proporção dos casos, pode ser transmitida de maneira hereditária. Por isso, pessoas que têm familiares de primeiro grau, são acometidas com uma maior frequência e possuem um risco maior para desenvolver a doença ao longo da vida.

Os fatores principais de risco são aqueles relacionados a hábitos de vida modificáveis, como o tabagismo, a ingestão de bebidas alcoólicas em grande quantidade, dieta rica em carne vermelha e pobre em frutas e verduras, além do sedentarismo. Além disso, pacientes com doença inflamatória intestinal, uma doença rara que pode levar a multiplicação das células, podem desenvolver uma aberração genética que leve ao desenvolvimento do câncer. Mas, na maioria dos casos, ocorre de maneira esporádica. 

A variedade de sinais e sintomas é muito grande, porém os mais comuns são:
– Perda de peso, normalmente é o que o paciente relata com muita frequência;
– Dor abdominal e alteração do hábito intestinal, ou seja, o paciente tem progressivamente mais dificuldade de ir ao banheiro;
– Redução do calibre das fezes, principalmente quando as lesões são mais na parte distal do intestino, incluindo o sangramento nas fezes;
– Eventualmente o diagnóstico é feito em processo de investigação de anemia, principalmente em pacientes adultos, as vezes em pacientes idosos que não referem tantas traumatologias assim, mas no exame de rotina de detecção anêmica detecta uma anemia e na investigação termina se descobrindo este tipo de tumor.

O médico Herbert Almeida, especialista em cirurgia oncológica, dá dicas de como se prevenir contra o câncer colorretal, “considerando que é uma doença que, na maioria das vezes, ocorre ao acaso e os fatores de risco são os hábitos de vida modificáveis, como o tabagismo, a ingesta de bebida alcoólica, dieta rica em carne vermelha e pobre em frutas e verduras e sedentarismo. Então, o ideal é não fumar, restringir a ingesta de álcool ao mínimo possível – etilismo social seria aceitável – cultivar alimentação balanceada e procurar praticar atividades físicas”.

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