Nossas Entrevistas
Farmácia Generalista
Tema: Saúde da Mulher
Por Dra. Adriana Franco
(71) 998... Ver mais >
- (71) 9985-5015
- Whatsapp - SINGULAR PHARMA - MATRIZ - Av. Paulo VI, N° 1070, Pituba
- Outros contatos e endereços
Olga Goulart – A vida moderna tem exigido muito das mulheres. Não é fácil ser mãe, profissional, companheira e ainda achar tempo para cuidar de si mesma e de todos ao seu redor. No meio de todas estas funções elas ainda desejam uma vida equilibrada e, claro, um envelhecimento saudável. Muito tem se avançado na busca de avançado na busca de inovações terapêuticas e suplementares que auxiliem nesse processo. E hoje, na nossa série especial do Viva Mais Viva Melhor, convidamos a doutora Adriana Franco, ela é farmacêutica, especialista no assunto e vai esclarecer as nossas dúvidas.
Doutora, primeiramente vamos dizer aqui a função de um farmacêutico e a importância dele, desse profissional, em toda o processo da saúde da mulher?
Dra. Adriana Franco – Compete ao farmacêutico ouvir e orientar a respeito do que traz melhor qualidade de vida para a mulher, prevenção de doenças... assim a manutenção da saúde de acordo ao estilo de vida de cada indivíduo, se atleta, se é dona de casa, se viaja muito e se tem um nível de estresse muito elevado. Então o farmacêutico é um profissional acessível na farmácia para esclarecer dúvidas, orientar e dar suporte no objetivo de conquistar ou devolver para a mulher a qualidade de vida.
Olga Goulart – Bom, no Brasil é muito comum as pessoas se automedicarem. Qual é o perigo, doutora, desta prática, o que isso representa para a saúde?
Dra. Adriana Franco – Representa um dano, a automedicação mascara a sintomatologia de alguma doença. Então algumas vezes existe uma falha de interpretação e isso atrasa o diagnóstico de alguma doença ou auxilia que nesse momento que usa o medicamento de forma inadequada desenvolva ainda um problema secundário ao uso de medicamento. Então o ideal é que sempre se busque a orientação de um profissional habilitado que possa conduzir da melhor forma ou ainda que seja realmente aquele medicamento a ser utilizado a dose correta, o horário correto para que não ocorra interação com alimentos ou com outros medicamentos de uma forma a assegurar a manutenção da saúde sem trazer problemas secundários.
Olga Goulart – Muitas mulheres sofrem muito com os sintomas da menopausa e o medo, inclusive, da reposição hormonal tradicional. Como é que a manipulação de medicamentos pode ajudá-las e quais os avanços farmacológicos nesta área?
Dra. Adriana Franco – A menopausa é um período em que existe um espaçamento muito grande do ciclo menstrual e nesse momento começam a surgir as variações no comportamento da mulher por conta das variações dos hormônios, por conta da baixa da produção destes hormônios. A manipulação auxilia devolvendo a quantidade de hormônio necessário para o corpo que, momentaneamente ou não, a partir daquele momento a mulher já não produz mais. Então existe a menopausa precoce induzida por medicamentos, por exemplo, e existe a menopausa pela idade cronológica. Na baixa destes hormônios a farmácia de manipulação dá suporte entregando para a mulher um medicamento na dose adequada que ela precisa para repor os hormônios. Isso é seguro. Hoje em dia a gente faz reposição hormonal com moléculas que são iguais às que o corpo da mulher produz, nós chamamos de molécula na forma base ou isomolecular, então isso não tem risco desde que seja feito com um acompanhamento médico. Então, a gente tem o diagnóstico da deficiência, da quantidade de hormônio que aquele indivíduo precisa para repor justamente o necessário. Então devolve qualidade de vida, devolve o humor, devolve o dinamismo, diminui a irritabilidade, melhoras significativas na libido, na lubrificação vaginal, na forma em que ela se relaciona com o parceiro, de forma saudável.
Olga Goulart – Talvez o diferencial de uma fórmula manipulada seja exatamente essa personalização, essa dose correta para determinado organismo, não é isso?
Dra. Adriana Franco – Exatamente. E a gente consegue veicular essa substância em uma forma mais adequada para cada paciente. Então existem medicamentos em cremes, em géis de aplicação direta, que não são invasivas, que a gente pode colocar na pele e ele vai permear da pele para a corrente sanguínea como se fosse um hidratante corporal. Lógico que não é para ser usado como hidratante, é para ser usado numa dose adequada que a farmácia já informa no momento da manipulação, mas que isso traz conforto. É um tratamento seguro, confortável e que a mulher vai se sentir muito melhor. Ela vai melhorar a autoestima, vai melhorar o relacionamento dela com o meio e com ela mesma, a forma como ela se enxerga porque devolve a autoconfiança.
Olga Goulart – Existem terapias não-hormonais que possam ajudar no tratamento destes sintomas da menopausa, doutora?
Dra. Adriana Franco – Existem. A gente fala muito dos hormônios por conta da fase que é uma baixa muito grande da produção de hormônios no corpo, mas existem outras terapias, muitas delas fitoterápicas que são à base de sumos extraídos de plantas, que ajudam o corpo a produzir os próprios hormônios. Então ao invés de fazer uma suplementação direta com o uso de hormônio, a gente faz uma indução para que o corpo volte a produzir e torne harmônico novamente os níveis hormonais.
Olga Goulart – Bom, você explicou na resposta anterior deste trabalho bem individualizado de uma forma manipulada. Qual que é a importância de adequar o veículo e a via de administração para o sucesso do tratamento, doutora?
Dra. Adriana Franco – Basicamente é um artifício para otimizar o tratamento. Então nós temos as vezes situações em que o que a gente tem na farmácia é um padrão, nas farmácias e nas drogarias, são padrões em doses específicas, muitas vezes em um único ou em dois tipos de veículo, veículo que nós chamamos é se é um xarope, um creme, um gel ou uma pastilha. E isso a gente não tem essa flexibilidade. Já na farmácia de manipulação a gente consegue adequar este veículo e ter um melhor sucesso no tratamento. Então isso pode sair tanto beneficiando a adesão pela escolha do paciente, então se ele gosta de chocolate a gente coloca isso num chocolate de baixa caloria, isento de açúcar, isento de lactose, que vai agregar sucesso ao tratamento porque vai garantir e vai assegurar que ele vai usar o medicamento no horário correto com prazer, com satisfação. A mesma coisa é a reposição de outras substâncias por cremes, por pastilhas, cremes com uso tópico, tem os géis comestíveis, então essa flexibilidade que a farmácia de manipulação oferece garante que vai ter a adesão do paciente porque ele vai ter prazer em fazer o tratamento.
Olga Goulart – Bom, a prisão de ventre ou mesmo um ritmo intestinal mais lento é um sintoma muito comum entre as mulheres. O que são e como funcionam os probióticos, doutora, eles podem ser formulados?
Dra. Adriana Franco – Podem sim. Os probióticos são uma solução para as mulheres que têm prisão de ventre. Este quadro pode ser decorrente do uso de algum antibiótico, da própria alimentação, pode ser uma carência enzimática em que não se metaboliza bem alguns alimentos, principalmente moléculas muito grandes e aí interfere na absorção do nutriente, interfere na formação do bolo fecal. Então a gente consegue com estas secas otimizar o funcionamento do intestino. São micro-organismos saudáveis que vão colonizar o intestino, ou seja, ele vai povoar o intestino, vai melhorar a resistência a absorção de moléculas grandes que acabam produzindo o processo inflamatório e vai devolver o funcionamento saudável. E é incrível como a resposta é visível na pele, diminui o aparecimento de manchas e acnes que muitas vezes são resultantes desse processo inflamatório alimentar, pode diminuir queda capilar, melhora a libido, diminui a cefaleia, a resposta dele é benéfica também para quem tem problema com facilidade de ganho de peso, então ele ajuda a formação do bolo fecal e a eliminação de substâncias, na verdade macromoléculas que o organismo não tem condições de absorver e vai provocar uma inflamação intestinal.
Olga Goulart – Doutora Adriana, um problema também muito frequentemente relatado nos consultórios de ginecologistas é a falta de desejo sexual feminino, isso automaticamente afeta e pode trazer sérios problemas ao relacionamento do casal. Do ponto de vista farmacêutico, quais os avanços podem ser oferecidos no acompanhamento destas mulheres?
Dra. Adriana Franco – Estas alterações surgem de diversas ordens, pode ser psicológica, cultural, orgânica, resultante de algum tratamento anterior. O que o suporte farmacêutico pode oferecer é mais uma vez melhorar a autoestima, porque as vezes é uma questão psicológica, como ela interpreta, como ela se enxerga, como ela vê o próprio corpo. Pode oferecer como no caso anterior que nós acabamos de falar dos lactobacilos, às vezes na prisão de ventre têm pessoas que ficam 3, 4 ou 5 dias sem ir ao banheiro em extremo desconforto e distensão abdominal. Então isso além de trazer irritabilidade, traz problemas realmente na questão do prazer, da lubrificação vaginal por uma questão muitas vezes psicológica já e nesse caso já associada a alterações físicas. E assim, orientação farmacêutica, que o farmacêutico está disponível na farmácia para dar este suporte, essa orientação, consegue conduzir e identificar junto a mulher qual é a real carência que ela tem, onde foi que esse problema iniciou-se para dar suporte seja na recuperação da autoestima, perder uns quilinhos a mais que dá dificuldade dela se relacionar bem com outro, de se expor para o outro, de formas distintas, com uso de fitoterápicos que vai melhorar a produção hormonal. Alguns desses tratamentos ela pode ser orientada na farmácia numa conversa com o farmacêutico, não é uma reposição hormonal, mas que vai estimular o melhor funcionamento do corpo dela.
Olga Goulart – Bom, como a nossa expectativa de vida aumentou, o envelhecimento saudável agora é a palavra de ordem, envelhecer de forma saudável. Isso é um assunto que interessa muito. Existem substâncias, doutora, que podem ser manipuladas e utilizadas para este fim? Quais são os profissionais aptos para prescrever estas substâncias? Elas podem ser adquiridas sem receita?
Dra. Adriana Franco – Então, o envelhecimento saudável é tudo o que a gente busca hoje e está extremamente relacionado ao estilo de vida que se pratica desde sempre. Então não vou só praticar exercício quando estiver na idade mais avançada, quando identificar a necessidade de recuperar a saúde, a gente pratica e informa para as pessoas sempre manterem um estilo de vida saudável. Então beber muita água, o uso dos lactobacilos que a gente falou antes para garantir a função intestinal e os profissionais voltados para isto era muito restrito a clínica ortomolecular que tem a recuperação, a cura através da restauração dos níveis ideais de algumas substâncias no corpo e que isto está amplo hoje, está sendo feito de forma interdisciplinar por outras especialidades médicas que conseguem entregar para o corpo substâncias e nutrientes que ele tem carência momentaneamente, por questões de dieta ou por questões de saúde e restabelecer a saúde.
Alguns suplementos podem sim ser adquiridos sem prescrição médica de acordo com o quadro do paciente, se ele não tem histórico de alguma patologia que necessite um acompanhamento médico ele pode sim numa conversa junto ao farmacêutico informar a condição de saúde dele, o estilo de vida e a gente conseguir desenvolver uma formulação, uma composição adequada para esta reposição.
Olga Goulart – Mas em determinados pontos, ou seja, determinadas substâncias é imprescindível que a pessoa esteja com a receita médica?
Dra. Adriana Franco – Exatamente.
Olga Goulart – Como é que funciona, doutora, os antioxidantes? É outra coisa que a gente ouve muito falar também da necessidade destes antioxidantes. Existe comprovação científica de que eles realmente funcionam?
Dra. Adriana Franco – São comprovados cientificamente, são substâncias que atuam de forma a se unir as moléculas resultantes de processos metabólicos do corpo e que a gente normalmente não consegue eliminar. Então estas moléculas nós chamamos de moléculas altamente reativas, elas ficam no corpo, como eu falei anteriormente, sem facilidade de eliminação então ela fica pré disponível para reagir em qualquer outro processo e isso pode desencadear o início de alguma doença ou envelhecimento cutâneo muito cedo, muito precoce e essas substâncias auxiliam que o corpo consiga eliminar as moléculas reativas oriundas de disfunção, oriundas do próprio metabolismo. Então o sistema imunológico muitas vezes ele corrige essas moléculas e ajuda o organismo a superar sem trazer maiores problemas. Outras vezes são moléculas que são comprovadas a ação dela e ela minimiza riscos de problemas cardiovasculares, hepáticos, incidência de câncer, resulta em uma manutenção da saúde.
Olga Goulart – Então para finalizar o quê que as pessoas devem estar cientes na hora de procurar uma farmácia de manipulação, doutora Adriana, e onde os profissionais de saúde podem encontrar fontes confiáveis para se atualizarem sobre as inovações nesta área?
Dra. Adriana Franco – Olha, a farmácia de manipulação ela tem diversos órgãos fiscalizadores para assegurar a qualidade do produto, muito embora nós temos consciência que alguns profissionais não agem como deveriam agir. Então é bom que você fidelize em uma farmácia, que conheça as práticas, que converse com o farmacêutico, que explore este ambiente, que saiba a procedência dos insumos que a farmácia utilize. Numa conversa você pode sentir a segurança ou não e até pedir a evidência de documentos que comprovem a segurança do que você está fazendo, porque a gente está falando de saúde e é fundamental conhecer a procedência do que a gente está utilizando.
Olga Goulart – E como diferentes áreas certamente prescrevem este tipo de composição através da farmácia de manipulação, eles também podem ter acesso, se atualizarem através de ações promocionais de determinadas farmácias para atualizá-los acerca de novas substâncias e das inovações de um modo geral desta área, certo?
Dra. Adriana Franco – Com certeza. A mídia traz hoje em redes sociais e em diversos locais, os próprios fornecedores abordam e trazem para os prescritores e para os próprios pacientes informações diversas. Mas assim, eu sempre oriento que é bom esta quantidade de informações sendo veiculadas, só que a gente tem que ter o fundamento. Então ou em literaturas específicas ou novamente voltando para o profissional habilitado da área pra ver se realmente é possível algumas coisas que são veiculadas. Porque tem coisas que a gente sabe que realmente é mídia e tem coisas que realmente funcionam muito e a farmácia consegue agregar, como eu falei anteriormente das formas diferenciadas para o tratamento. Então é importante o farmacêutico estar disponível na farmácia para o prescritor, para o paciente, para a gente conseguir buscar maiores informações, oferecer opções variadas que vão agregar valor ao tratamento. A forma mais correta é além de ter todas essas informações de redes sociais, de fornecedores, de produtores, a gente conseguir fundamentar isso junto ao farmacêutico.
Olga Goulart – Ok. Conversamos com a doutora Adriana Franco, farmacêutica, sobre a saúde da mulher, deste ponto de vista do farmacêutico, foi muito boa a entrevista. Doutora, muito obrigada e até a próxima aqui no Portal Viva Mais Viva Melhor.