Nossas Entrevistas

Olga Goulart: A ressonância magnética do joelho é um exame de diagnóstico por imagem, não invasivo, que através de um campo magnético, cria imagem em alta resolução, para investigação de lesões dos ligamentos cruzados e colaterais, tendinites, bursites, artrose e outras situações. O exame pode ser realizado com ou sem contraste venoso que é uma medicação que permite uma imagem mais detalhada da lesão. Para nos trazer mais esclarecimentos sobre a ressonância magnética do joelho, hoje a gente conversa com  Dr. Sinval Lopes de Oliveira Neto, especialista em Radiologia e Diagnóstico por imagem.

Viva mais viva melhor – Doutor, vamos explicar mais detalhadamente o que é a ressonância magnética do joelho e para que ela serve?

Dr. Sinval Lopes de Oliveira Neto – A ressonância é um método de diagnóstico por imagem, não invasivo, e sem o uso de radiação, que através do campo magnético permite a realização de imagem em alta definição e qualidade, a gente consegue fazer excelentes imagens com a visualização de estrutura ligamentares, tendíneas, interface articular dos joelhos.

Viva mais viva melhor – Os pacientes que possuem materiais metálicos no corpo podem realizar ressonância magnética do joelho?

Dr. Sinval Lopes de Oliveira Neto – Em geral, os materiais metálicos utilizados atualmente em procedimentos cirúrgicos, não contraindicam a realização do exame, o que pode acontecer é esse material promover muito artefato, degradar muito as imagens, mas hoje em dia já existem softwares bem específicos para reduzir esses artefatos e então tornam as imagens menos degradadas e o exame possível de ser laudado.

Viva mais viva melhor – Quais as lesões mais investigadas através de uma ressonância do joelho?

Dr. Sinval Lopes de Oliveira Neto – Principalmente as lesões degenerativas e traumáticas ou por sobrecarga mecânica, envolvendo as estruturas ligamentares, tendíneas e interface articular do joelho.

Viva mais viva melhor – Em quais situações é necessário o uso do contraste venoso?

Dr. Sinval Lopes de Oliveira Neto – A rotina do exame do joelho é sem contrate. Então quando o paciente chega a clínica para realizar o exame de joelho, o mais comum é ele ter feito sem contraste, só vai usar o contraste e se tiver alguma dúvida de diagnóstico ou em caso de lesões tumorais, inflamatórias ou infecciosas.

Viva mais viva melhor – Tendo em vista que a ressonância é um exame diferente do raio-x e da tomografia, existe uma periodicidade mínima para realização da ressonância novamente, caso o paciente precise?

Dr. Sinval Lopes de Oliveira Neto – Como a ressonância é um exame que não utiliza de radiação, então não há nenhuma restrição quanto a um intervalo mínimo entre os exames. Vai depender mais da patologia do paciente e do médico assistente, quando ele indicar a realização do exame.

Viva mais viva melhor – Se a paciente for lactante e precisar fazer o uso do contrate venoso, quantas horas após o exame a paciente poderá amamentar?

Dr. Sinval Lopes de Oliveira Neto – A eliminação do contraste no leite materno é mínima, e ocorrem nas primeiras 24 horas após a administração do contraste, no entanto, por essa eliminação mínima, apesar de não haver nenhum estudo que mostre risco ao bebê, mas como a essa eliminação mínima, a maioria dos centros recomendam a suspensão do aleitamento por 24 horas.

Viva mais viva melhor – A partir de quantos anos o paciente pode realizar a ressonância do joelho?

Dr. Sinval Lopes de Oliveira Neto – A indicação vai depender do médico assistente e da patologia que o paciente esteja apresentando.

Viva mais viva melhor – Qual o tempo médio para realização da ressonância do joelho?

Dr. Sinval Lopes de Oliveira Neto –  Em média a ressonância do joelho hoje a gente está fazendo em 15 minutos ou até um pouquinho menos, as rotinas estão cada vez mais rápidas e otimizadas com aparelhos modernos, atuais.

Viva mais viva melhor – Para finalizar, qual a dica para quem tem claustrofobia e tem dificuldade de realizar esse tipo de exame?

Dr. Sinval Lopes de Oliveira Neto – Essa é uma dúvida de muita gente, então uma opção é realizar esse exame em um aparelho que possua a abertura maior, isso pode dar um maior conforto ao paciente, em último caso seria realizar o paciente com uso de sedação.

Viva mais viva melhor – Conversamos com Dr. Sinval Lopes de Oliveira Neto, especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Muito obrigada e até a próxima!