Qual o prognóstico, ou seja, a evolução dos pacientes com cardiopatia congênita?

Viva Mais Viva Melhor - Trecho da entrevista com: Dr. Bruno Rocha

Publicado: 29 de janeiro de 2016 - Atualizado: 4 de junho de 2019

O prognóstico depende do grau de complexidade da cardiopatia congênita. Alguns pacientes operam-se nas primeiras horas de vidas, por exemplo, o portador de bloqueio atrioventricular total congênito, o bebê nasce com a frequência cardíaca muito baixa e precisa que seja implantado marcapasso nas primeiras horas de vida, nos primeiros dias de vida. Ele pode viver normalmente, porém ele vai precisar da ajuda do aparelho, do marcapasso, para o resto da vida, a princípio.

Outros bebês são mais complexos, eles precisam de operações em estágios, que são aqueles bebês que são conhecidos como bebês azuis, ou seja, que tem cianose, baixa oxigenação do sangue. Em alguns casos eles também fazem cirurgia no período neonatal, assim que nascem eles fazem a famosa cirurgia de Blalock-Taussig. Depois, por volta de 2 anos de idade, fazem uma segunda intervenção que é a cirurgia de Glenn e, mais adiante, fazem uma terceira intervenção chamada de cirurgia de Fontan. 

Então existe um contingente enorme de doenças e apresentações que podem ser operados desde o período neonatal, porém a maioria dos pacientes são operados no período pré-escolar, ou seja, antes dos 5 ou 6 anos de idade e alguns, são operados até mesmo na adultidade, mas são casos mais raros. E, por fim, existe aqueles em que o tratamento cirúrgico de reparação ou de paliação não é possível e a única solução é o transplante cardíaco.