Como a família pode contribuir para que o paciente com a doença de Alzheimer tenha uma melhor desenvoltura nas suas atividades, tenha mais qualidade de vida?

Viva Mais Viva Melhor - Trecho da entrevista com: Dr. Jonas Gordilho

Publicado: 5 de janeiro de 2016 - Atualizado: 4 de junho de 2019

Quando os familiares ou filhos ou cônjuges não percebem que aquela deficiência é causada por uma doença, muitas vezes eles insistem, confrontam, tentam testar a memória do indivíduo, o que é maléfico. Ou seja, fazer com que o indivíduo com a doença de Alzheimer tente lembrar de pessoas em situações embaraçosas, como por exemplo numa festa de aniversário “você lembra quem é esse?” pode ser constrangedor. Imagine se o indivíduo não lembra quem é a pessoa que está ao lado dele? Ele fica angustiado, pode ficar ansioso e até deprimido. Então, nesses casos, a melhor forma de abordar é lembrar o familiar de quem é a pessoa e apresentá-lo novamente sem mostrar que existe uma deficiência do paciente com doença de Alzheimer, como por exemplo “lembra do seu sobrinho? Ele está aqui agora com você”. E o paciente, obviamente, vai interagir. 

Outra questão muito importante é não confrontar os indivíduos com doença de Alzheimer, principalmente em situações que ele esteja agitado, agressivo. Deve-se deixar o paciente se acalmar e depois tentar a comunicação após alguns minutos.