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Neurocirurgia
Vídeo Completo – Doença Cerebrovascular na Anemia Falciforme
Por Dr. Igor Maldonado
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O que é anemia falciforme?
A anemia ou doença falciforme é uma das entidades genéticas mais comuns em nosso país. Ela atinge com mais frequência as pessoas de cor negra. Ela muda a forma e a consistência dos glóbulos vermelhos do sangue. O resultado é a própria anemia e problemas de oxigenação. A doença pode se manifestar de várias maneiras. As mais comuns são crises de dores nos ossos, cansaço, cor amarelada na pele e nos olhos e dificuldade de cicatrização.
A anemia falciforme causa problemas neurológicos?
Infelizmente sim! Essa doença é também uma causa importante de acidente vascular cerebral, o derrame, em crianças. Em algumas delas, as artérias que levam o sangue ao cérebro ficam doentes e estreitadas, podendo se fechar, em situações extremas. É a chamada 'vasculopatia' da doença falciforme.
Como a mãe ou o pai de uma criança com anemia falciforme faz para saber se seu filho corre risco de ter um derrame?
Antes de tudo é importante dizer que apenas uma parte das crianças com essa doença apresenta a vasculopatia cerebral. No entanto, todas realizam acompanhamento médico regular, onde a frequencia das consultas é ajustada a depender do caso. Diante de uma suspeita, o profissional (por exemplo, o hematologista) solicita exames ou encaminha para o neuropediatra. Dentre os exames, um dos mais interessantes nessa situação é o Doppler Transcraniano, que permite estimar se há estreitamento dos vasos sanguíneos cerebrais.
E se houver um problema em um exame como o Doppler Transcraniano?
É extremamente importante evitar que se chegue até o derrame. Isso quer dizer: diante de uma alteração no exame, agir antes que a doença cause sintomas neurológicos. É nesse contexto que o acompanhamento regular e o respeito às orientações da equipe de hematologia ou neuropediatria é fundamental.
O que pode ser feito para evitar problemas neurológicos em pacientes com Anemia Falciforme?
A anemia falciforme é uma doença genética, então, o indivíduo já nasce com ela. Quando já sabemos que uma criança tem a doença há medidas para reduzir o risco do derrame. O mais importante é ter acompanhamento regular com hematologista e ou neuropediatra ou mesmo uma equipe multidisciplinar.
Há exames que ajudam a identificar os indivíduos com maior risco (Doppler Transcraniano é um deles) e o profissional de saúde vai julgar a necessidade de se realizar procedimento s mais específicos como por exemplo transfusões sanguíneas repetidas. O paciente pode ter sim uma boa qualidade de vida se descobrir cedo o processo. Hoje a triagem está incluída no teste do pezinho.